Laudo diz que morte d peixes em lago não foi causada por doença

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A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hidricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) divulgaram nesta quinta-feira (18) um laudo sobre a morte de 19 toneladas de peixes no Lago Serra da Mesa, no norte goiano. O documento apontou que as mortes não foram causadas por nenhuma doença ou bactéria que poderia se espalhar. Especialistas suspeitam que os animais tenham morrido de causas naturais.

O coordenador de sanidade animal da Agrodefesa, Danilo Pires, explicou que o resultado provou que não há bactérias ou micro-organismos causadores das mortes, o que evita medidas complicadas para o tratamento.

“A gente considera que foi um bom resultado porque, em caso de enfermidade, o controle seria muito mais difícil. Para conseguir medicar peixe em água seria necessária grande quantidade de produtos, isolar a gaiola, o tratamento seria dificultado e a doença poderia ser disseminada de forma mais fácil”, afirmou.

Ainda segundo o especialista, a água está sendo examinada para garantir que esta não está contaminada. A principal suspeita é que a grande quantidade de chuvas tenha causado a grande mortalidade dos peixes. Portanto, a causa seria natural.

“Pelas informações que tivemos com os técnicos, a gente acredita que houve uma inversão de camada onde o lodo depositado no fundo do tanque, por causa das fortes chuvas, tenham chegado as camadas superficiais e a grande quantidade de matéria orgânica, substancias tóxicas, teriam levado à mortalidade dos peixes”, completou.

Segundo Pires, o número de peixes nativos que morreu foi pequeno se comparado à quantidade de animais de criadouros. Por isso, o rio deve voltar à normalidade sem necessidade da intervenção do homem.

“A maior mortalidade foi de peixes nas gaiolas nos criadouros, que não tinham possibilidade de mudar de região porque estão limitados a uma gaiola. Já o peixe nativo sim, podia subir e descer o rio”, completou.

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