Polícia Civil prende acusados de assassinar Emanuelle Muniz e confirma homofobia

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MARCOS VIEIRA

A transexual Emanuelle Muniz Gomes, de 21 anos, foi assassinada por quatro homens na madrugada de 26 de fevereiro, em uma pedreira próxima à churrascaria Catarinense, em Anápolis, por homofobia. A confirmação foi dada nesta terça-feira (2.maio.17) pelo delegado Cleiton Lobo, do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) da Polícia Civil, na apresentação dos acusados.

Foram presos Sérgio Cesário Neto, Márcio Machado Nunes, Reinivan Moisés de Oliveira Caetano e Daniel Lopes Caetano. Apenas Daniel é de Anápolis. Os outros são de Goianésia e estavam vivendo na cidade, no Conjunto Filostro Machado, devido a problemas com outros criminosos em sua cidade de origem.

Emanuelle estava na boate Terra Brasil, no Bairro Jundiaí, com a mãe e um amigo e ao precisar de uma carona, teve um aceno positivo de Márcio, que se ofereceu para levá-los em casa. Emanuelle e o amigo, identificado pela polícia apenas como Wilker, entraram no carro indicado por Márcio, um Pálio branco, quando Sérgio e Daniel saíram de trás de uma árvore e agrediram a mãe da transexual, que ainda estava na calçada, roubando seus pertences.

Wilker conseguiu sair do veículo, mas também teve seus objetos roubados. Os homens então levaram Emanuelle à força no carro e abusaram sexualmente dela. Ao descobrir que se tratava de uma transexual, resolveram matá-la. Levaram a vítima até a pedreira e desferiram vários golpes com uma pedra grande em sua cabeça.

Segundo informação da polícia, Daniel foi quem iniciou os golpes. Os quatro fugiram para Goianésia no dia seguinte ao crime. O trio que não era de Anápolis, inclusive, deixou móveis na casa onde estavam morando no Filostro Machado.

O delegado Cleiton Lobo informou que enquanto os quatro assassinavam Emanuelle, um homem passou pelo local. Para evitar que fossem denunciados, os criminosos também agrediram essa outra vítima, que acabou sendo socorrida e sobreviveu.

Sérgio e Daniel já possuíam passagem pela polícia. Os quatro vão responder por roubo, estupro e homicídio qualificado.

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