Protetores da causa animal em Anápolis pedem apoio para punir casos de maus-tratos
LUANA CAVALCANTE
(Foto: Ismael Vieira)
Os protetores da causa animal de Anápolis realizaram uma manifestação nesta terça-feira (23.mai.17), na Praça Dom Emanuel. A iniciativa foi após a denúncia de um cachorro morto a facadas por um homem, no Bairro São Sebastião. Mesmo após a divulgação de um vídeo, feito por um vizinho, mostrando detalhes do crime, o criminoso não foi preso em flagrante.
O caso deixou os protetores revoltados e eles pedem mais apoio da Polícia Militar. Os manifestantes contam que houve um aumento desse tipo de crime em Anápolis. “Toda semana atendemos casos parecidos de maus-tratos. São espancamentos e até estupros contra os animais”, reclamou a voluntária da SOS Animais, Seliane Santos, que defende que os agressores recebam as devidas punições.
Fátima Batista contou que ajuda nos resgates em toda a cidade quando recebe denúncias de maus-tratos contra animais domésticos. A indignação vem junto com a impotência. “Temos que ter o apoio da polícia porque os animais sofrem e sentem dor. Se é um louco que faz isso tem que estar no hospício, se é criminoso tem que estar na cadeia”, lamentou.
Fátima contou que ainda na semana passada as crianças de um colégio localizado no Bairro Maracanã denunciaram que um cachorro estava sendo estuprado em frente a unidade. “Todos os dias recebemos denúncia. Trabalhamos por amor, mas precisamos de apoio das autoridades e da sociedade”, reivindicou.
O grupo de manifestante concorda que muitas vezes as denúncias não são feitas porque os maus-tratos são feitos por vizinhos ou mesmo conhecidos. A vereadora Thaís Souza (PSL), que participou da manifestação, comentou que a certeza da impunidade também incentiva que esse tipo de crime seja constante.
“Precisamos de uma postura efetiva da Polícia Militar. No caso do cachorro esfaqueado o agressor poderia ter sido preso em flagrante. Como não há uma punição, fica por isso mesmo”, observou a parlamentar que defende que a população faça a denúncia e assim os casos sejam encaminhados para o Judiciário.
A parlamentar informou ainda que a Lei 9.905/98, no artigo 32, deixa claro quais são os atos de crime contra animais: abuso e mutilação, que cabe pena de detenção de três meses a um ano.
A Delegacia de Meio Ambiente, que tem como titular o delegado Manoel Vanderic, marcou uma reunião com os protetores da causa animal em Anápolis. O encontro acontece na quinta-feira (25.mai.17), e tem como objetivo esclarecer o papel da Polícia Civil nestes casos de maus-tratos aos animais e quais providências são tomadas após as denúncias. Foram chamados para a reunião representantes das ONGs: SOS Animais; Projeto Salva; Aspaan; Patas Solidárias.