PSD lança pré-candidatura a deputado de Márcio Cândido

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Vice-prefeito Márcio Cândido aceita colocar seu nome à disposição do partido para candidatura em 2018, mas afirma que prioridade agora é ajudar na gestão do município de Anápolis

MARCOS VIEIRA

O PSD deu o primeiro passo para o projeto eleitoral de 2018 e fez o lançamento, na quinta-feira (1º), da pré-candidatura a deputado estadual do vice-prefeito Márcio Cândido. Reunidos na sede do Sittra, os principais nomes da sigla em Anápolis ouviram o presidente Thiago Souza defender a necessidade da preparação para o próximo pleito a partir de agora, garantindo assim mais chance de vitória. “O PSD, que elegeu o vice-prefeito de Anápolis, agora vai fazer um deputado estadual”, frisou.

É o primeiro partido que se manifesta de forma mais aberta em relação a 2018, inclusive propondo um nome a ser trabalhado para a campanha de deputado estadual. O PSD também foi um dos primeiros a abrir o debate em 2016, na disputa para prefeito, vice e vereadores.

O prefeito Roberto Naves (PTB) esteve na reunião, ao lado do presidente da Câmara Municipal, Amilton Filho (SD), e do vereador Leandro Ribeiro (PTB). Em um breve discurso, Roberto reafirmou a ligação com Márcio Cândido e com o PSD, salientando que o partido tem espaço na administração “por merecimento”. O prefeito falou ainda de algumas medidas tomadas em cinco meses e comentou que tanto ele quanto o vice até agora só fizeram gestão, sem tempo para a política.

Esse discurso, inclusive, de separar a administração da Prefeitura de Anápolis da eleição do próximo ano foi o tom da fala de Márcio Cândido. “Meu foco agora é fazer gestão, ajudar o prefeito a conduzir os destinos da nossa cidade, de uma forma que possa atender os anseios da nossa população. E isso tem que ser feito com muito equilíbrio”, disse o vice-prefeito em entrevista no final da reunião.

Mas ele reconheceu a importância de Anápolis eleger representantes para Assembleia Legislativa e para a Câmara Federal, algo fundamental para o futuro da cidade, pois seria uma forma desses políticos contribuírem com o prefeito na busca de recursos financeiros para obras e, também, para marcar posição em assuntos de interesse dos anapolinos. Nesse sentido, Márcio afirmou que está à disposição do PSD caso o partido entenda que seu nome aglutina forças.

O vice-prefeito deixou claro que não será candidato de si mesmo. Tanto no discurso aos correligionários, quanto em entrevista à imprensa, ele disse que caso Roberto Naves afirme que precisa dele para ajudar na administração, essa será a prioridade. Márcio responde hoje pela Secretaria de Governo e de Recursos Humanos. Agora, se for feita uma avaliação e o entendimento é de que a cidade ganharia mais com ele na Assembleia Legislativa, a candidatura a deputado estadual será a opção.

“Se eu for candidato, será para vencer”, afirmou o vice-prefeito, se referindo ao fato de que procurará grupos importantes da cidade para unir esforços em torno do projeto. Ele citou o Conselho de Pastores de Anápolis e o Fórum Empresarial como entidades que contribuem para os destinos do município, possuem voz ativa na busca de soluções e por isso seriam importantes para avalizar uma candidatura a deputado estadual.

O presidente do PSD afirmou que enquanto o vice-prefeito ajuda o prefeito a cuidar da cidade, o partido trabalhará sua pré-candidatura. “Vamos trabalhar 2018”, conclamou. Essa iniciativa de Thiago Souza foi corroborada por Márcio Cândido. “Ele [Thiago] está cumprindo seu papel, unindo o partido, unindo o grupo, pensando em nomes para compor a estrutura política para o próximo pleito”.

Thiago falou que Márcio “aglutina” e representa o PSD anapolino. O vice frisou que seu nome é o mais natural para a disputa, mas que há outros membros que poderiam representar bem o partido. “Fiquei feliz por entenderem que sou um bom nome, mas isso tem que ser avaliado com muita tranquilidade, muita calma, porque temos outros potenciais postulantes, como o médico Olegário Vidal, a doutora Gina Tronconi, o Rachid [Cury] e o nosso presidente Thiago Souza, que tem relacionamento estreito com o presidente [regional] Vilmar Rocha”, disse Márcio.

Para o agora pré-candidato, a política de Goiás passa por Anápolis, mas não adianta nada se a cidade não tiver representantes fortes em Goiânia e Brasília. Questionado pelo JE se o número de postulantes atrapalharia a conquista de cadeiras nos dois parlamentos, Márcio Cândido respondeu ser natural que todas as siglas procurem lançar candidaturas – esse é o papel do partido político –, mas é preciso ficar atento à qualidade desses nomes. Nesse sentido, a consistência do projeto eleitoral e a biografia do postulante que garantiriam uma vitória nas urnas.

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