Taxistas estudam instalar câmeras de segurança em veículos
Taxistas que atuam na Região Metropolitana de Goiânia discutem formas de reforçar a segurança durante o trabalho. Na terça-feira (19/05), em um encontro com representantes da Polícia Militar, a categoria avaliou a possibilidade da instalação de câmeras de segurança no interior dos veículos.
O projeto de lei já tinha sido elaborado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO) no ano passado, mas ainda não entrou em vigor. A discussão foi retomada após a morte de um taxista durante uma corrida, no último domingo (17/05), em Aparecida de Goiânia.
De acordo com o documento, o monitoramento das imagens das câmeras seria feito em uma central específica para os taxistas. Caso seja identificado algum risco ou flagrante de violência, o registro deverá ser encaminhado ao Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle (CIICC), na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O sistema se assemelha ao que é hoje utilizado no transporte coletivo.
Atualmente, circulam pela capital cerca de 2 mil táxis. Caso a medida seja aprovada, cada taxista será responsável pela instalação dos equipamentos de monitoramento nos veículos. “À medida que esse equipamento for instalado dentro do táxi a comunicação via tecnologia vai ser ampliada”, afirma o chefe de gabinete da SSP Edilson Brito.
O Sindicato dos Taxistas em Goiás (Sinditáxi) realizará assembleia geral para discutir a proposta. Caso a categoria avalie o projeto como viável, o texto ainda deve ser aprovado na Câmara de Vereadores e só depois encaminhado à sanção do prefeito.
O taxista Itamar Gonçalves, que já foi assaltado quatro vezes durante o serviço, já tem opinião formada sobre o assunto e está disposto a investir nos equipamentos. “Qualquer valor que o profissional tem que investir para desempenhar o trabalho dele com segurança é válido. Não só para ele, mas para a família dele, que depende dele”, opina.
O taxista Denis Quirino também aprova a medida. “Ficará mais difícil para o bandido. Ele poderá pensar, contar até mais de três, antes de praticar um crime dentro de um táxi ou contra o próprio taxista”, acredita.