Presídio superlotado gera preocupação em Anápolis

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O Centro de Inserção Social de Anápolis, está superlotado, mas não há local para encaminhar os detentos, pois a construção da nova unidade está parada há quase seis meses. A situação preocupa o Ministério Público Estadual (MP-GO), pois, além da falta de estrutura, os presos condenados não são separados dos provisórios.

“Tivemos vários problemas com agressões, já tivemos vários homicídios dentro do presídio e essa separação é emergente e com a entrega do novo presídio será realizada”, diz o promotor de Justiça Lucas César Ferreira.

De acordo com levantamento do MP-GO, o presídio tem capacidade para 270 detentos, mas abriga 500. Sem ter onde abrigar novos criminosos, 870 mandados de prisão estão em aberto só em Anápolis, segundo o Banco Nacional de Mandados de Prisão.

A nova unidade prisional tem estrutura para abrigar 300 pessoas e deveria ser entregue em abril, conforme foi divulgado pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). De acordo com o órgão, a obra foi paralisada por falta de repasse de verba, mas o problema já está resolvido.

De acordo com a agência, o custo inicial da obra era de R$ 10 milhões, mas, como duas empresas que ganharam a licitação desistiram, houve um aumento de R$ 3 milhões no custo. O Conselho da Comunidade na Execução Penal questiona a paralisação da obra por problema financeiro.

“Tinha uma verba, se tinha uma verba, cadê a verba para acabar a obra? O preso de Anápolis tem que ficar em Anápolis e esse presídio não termina”, reclama Gilmar dos Santos.

Apesar de afirmar que a quantia necessária para finalizar a obra está garantida, a Agetop não informou quando a construção será retomada. A Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap) preferiu não se pronunciar sobre a situação da população carcerária de Anápolis.

(Com G1)

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