Vai a júri popular caseiro que matou mulher em Goianápolis

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A juíza de Goianápolis, Jussara Cristina de Oliveira Louza, pronunciou (mandou a júri popular) Júnior Gomes de Oliveira Rocha acusado da morte de sua mulher, Josiana Agostinho da Rocha Oliveira, ocorrida no dia 19 de março, no sítio Esperança, de propriedade do cantor Amado Batista. Ele será levado a julgamento por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por ser crime contra mulher cometido por razões da condição de sexo feminino, incluído pela Lei nº 13.104, de 2015) e ocultação de cadáver.

Na decisão, a magistrada indeferiu ainda o pedido de revogação da prisão preventiva de Júnior Rocha, argumentando o aspecto da “grande repercussão na sociedade local, notoriamente causadora de instabilidade no meio social, circunstância que implica na necessidade de se resguardar a ordem pública”. Ele continua detido no presídio de Anápolis.

Entenda 
Segundo apontado na denúncia, proposta pelo promotor de Justiça Eliseu Antônio da Silva Belo, o casal, que estava junto há cerca de sete anos e morava no sítio, localizado na zona rural de Goianápolis, havia passado o dia todo bebendo e, ao final da tarde, teve uma discussão. Irritada, Josiana disse que iria embora e levaria a motocicleta do casal. Júnior Rocha alegou que não aceitaria a separação nem que a companheira levasse a moto. No entanto, ele se ofereceu para levar Josiana até a estrada (BR-060) para que ela pegasse carona. Contudo, durante o trajeto, eles voltaram a discutir e iniciaram as agressões físicas contra a vítima.

Segundo apurado, Júnior Rocha deu um soco no rosto da mulher e, antes que ela conseguisse se levantar, a estrangulou, dando-lhe uma gravata. Em seguida, pegou a vítima, colocou novamente sobre a moto e, ao passar sobre um mata-burro, a vítima caiu do veículo e bateu a cabeça no chão. Pouco depois, ele escondeu o corpo em um matagal, à beira da estrada.

Posteriormente, o acusado foi na chácara ao lado daquela em que trabalhava e pediu ajuda ao caseiro da propriedade para que emprestasse seu carro, alegando que levaria a mulher à rodoviária. Apesar de não emprestar o veículo, o vizinho consentiu em levá-los. Diante do nervosismo de Júnior, o caseiro questionou o motivo pelo qual ele estava tão exaltado, ouvindo do denunciado que havia matado a esposa.

O vizinho então apavorou-se e perguntou novamente se não seria possível pedir ajuda do Samu para tentar socorrer a vítima, mas Júnior afirmou que ela estava morta e pediu ajuda para jogar o corpo da mulher em um lugar longe, onde ninguém pudesse encontrá-lo. Com a recusa, o denunciado ocultou o cadáver da vítima em um matagal na lateral da estrada, voltou para casa, tomou banho e dormiu.

(Com MP-GO)

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