Sindicato questiona decisão judicial contra greve do INSS, em Goiás

Em greve há 47 dias, servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Goiás, questionam a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obriga ao menos 60% do efetivo voltar ao trabalho. Para o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência de Goiás (Sintfesp-GO), não há entendimento em relação ao número de trabalhadores que devem atuar.

“O STF não mencionou qualquer percentual de atendimento com relação as Agências da Previdência Social (APS)”, explica a diretora do Sintfesp-GO, Teresinha de Jesus Aguiar.

Algumas unidades, como a da Vila Viana e do Setor Cidade Jardim, em Goiânia, estão fechadas. Outras funcionam apenas com 30% dos funcionários.

Alguns serviços, como a perícia médica, foram mantidos, pois o auxílio doença depende dessa avaliação. No entanto, quem precisa resolver pendências com o Seguro Social está perdendo a viagem. “Fico para lá e para cá. Ninguém está pagando a minha passagem do ônibus”, desabafa a dona de casa Cleusa Olegário, que chegou a ir na agência do Centro, mas não conseguiu atendimento.

Outro que não consegue utilizar o serviço é o autônomo Pedro Janeilson Ferreira. Com o boleto da previdência vencido, ele reclama por não conseguir pagar. “Ninguém sabe informar que dia volta ou qualquer outra pequena informação. Nem pagar a gente está conseguindo”, relata.

De acordo com o Sintfesp-GO, uma nova rodada de negociação está prevista para quarta-feira (19) para discutir o reajuste de salário e a incorporação da gratificação.

O INSS disse que está monitorando as agências e informando sobre o atendimento nas unidades. Em relação às negociações, o instituto explicou que os pedidos serão discutidos com o Ministério do Planejamento, mas não informou se há alguma reunião prevista.

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