Sindicato diz que 34 das 50 agências do INSS mantêm greve em Goiás

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A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atinge mais da metade das Agências da Previdência Social (APS) em Goiás. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Federais em Saúde e Previdência (Sintfesp), das 50 unidades de atendimento, 34 funcionam de forma parcial desde 10 de julho, quando começou a paralisação no estado.

Sem saber da greve, a manicure Patrícia Teixeira, de 23 anos, foi à agência do INSS no Centro da capital em busca de atendimento, na manhã desta terça-feira (25). Para receber a licença-maternidade, ela precisa fazer perícia e apresentar documentos. “Geralmente resolvem isso na hora, mas estão em greve”, disse.

Os funcionários pediram para que a manicure retorne em 22 de outubro. “Disseram que, se nessa data já tiverem acabado com a greve, farão a perícia, mas não garantiram. Se ainda estiverem em greve vão ter que remarcar”, conta Patrícia.

Quem também ficou sem atendimento foi a aposentada Maria Inez de Azevedo, de 57 anos. Ela revela que há dois meses tenta a desaposentadoria para continuar contribuindo. “Tentei pegar cópias do processo administrativo da aposentadoria e extrato do Cadastro Nacional de Informações Sociais atualizado, mas não consegui fazer nada. Só conseguirei depois da greve”, reclama.

Outros procedimentos como pedidos de aposentadoria e de pensão por morte não estão sendo realizados. O sindicato não tem previsão para o fim da greve. “Essa negociação se arrasta desde o dia 5 de fevereiro deste ano. O que queremos é um reajuste salarial de 27,4%, além de revisão das gratificações produtivas, o pagamento da data-base, melhores condições de trabalho, dentre outras reivindicações”, explica diretora do sindicato, Terezinha de Jesus Aguiar.

A diretora do sindicato afirmou ainda que a discussão é feita em âmbito nacional, diretamente com o Ministério do Planejamento. Quando há proposta, ela é repassada aos estados, que realizam assembleias para discutir a aceitação ou não dos termos.

 

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