Combate ao tráfico de drogas é prioridade para o Comando de Operações de Divisas

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Em três anos e quatro meses de existência, o Comando de Operações de Divisas (COD) apreendeu 25.678 quilos de drogas. Graças à atuação da unidade especializada, além de ações realizadas por outras forças de segurança, Goiás figura em segundo lugar no ranking nacional de apreensões de entorpecentes. A mais recente e expressiva – 3,143 toneladas de maconha – ocorreu em Jataí, na Região Sudoeste do Estado, no dia 5 de agosto.

De acordo com o comandante do COD, tenente-coronel Samuel Arthur Bernardes de Faria, a droga estava na carroceria de um caminhão que foi parado na BR-060. A abordagem, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, ocorreu após investigações e monitoramento que vinham sendo realizados pela Polícia Federal, parceira do COD.

“Os levantamentos conduziram a alguns batedores que estavam vindo de Mato Grosso do Sul e isso fez com que nós reuníssemos todo o nosso aparato e efetivo e deslocássemos até a Região Sudoeste, até que depois de várias abordagens, nos deparamos com um caminhão que transitava com essa elevada carga de maconha e, ao fazer abordagem, isso foi constatado. Foram autuados em flagrante o passageiro e o condutor”, relata o comandante.

O combate ao tráfico de drogas é uma prioridade na fiscalização das divisas de Goiás. “O crime de homicídio está intrinsecamente relacionado ao uso de drogas. Então, nós percebemos que  no combate às drogas, nós estamos preservando vidas. Em relação às atividades de segurança e combate ao crime nas fronteiras, é importante ressaltar que Goiás é o único Estado da federação não fronteiriço possuidor de uma unidade tática de divisa. Então, essa realidade insere Goiás, através do COD, em um cenário nacional de ações de segurança pública voltadas para as divisas dos estados no enfrentamento e combate efetivo à criminalidade na perspectiva incansável da manutenção da paz e preservação da ordem social. Temos atingido o  segundo lugar do País em apreensões de drogas. Essa é a nossa maior alegria de estar num ranking elevado de apreensões de drogas e evitando também a entrada de armas que tem eventualmente sido utilizadas por criminosos, que têm afligido tanto a sociedade”, afirma. Quarenta e cinco armas de fogo foram apreendidas nesse período.

Sudoeste
A Região Sudoeste de Goiás é considerada rota do tráfico internacional de drogas. Os entorpecentes vêm do Paraguai e entram no Brasil por meio de rodovias de Mato Grosso do Sul. Em Goiás, o percurso inclui estradas vicinais até chegar às BRs 158, 364 e 060 para abastecer Goiânia, Brasília e o Sudeste brasileiro. Diante dessa ameaça, a atenção do COD está voltada para essa confluência de rodovias. “Nós temos estudos muito intensos. O nosso setor de inteligência tem uma parceria importante com a Polícia Federal e com a própria Polícia Rodoviária Federal e nós temos percebido que a Região Sudoeste, cidades como Jataí, Aporé, Chapadão do Céu, Caçu tem uma confluência importante de rodovias. Então, nós temos percebido a necessidade de intensificarmos as nossas ações transformando-as em um cinturão de policiamento altamente especializado buscando combater a entrada de drogas e de armas no Estado”, destaca.


Balanço

No balanço de ações realizadas desde a criação do COD, em 20 de abril de 2012, até o dia 9 último, constam 76.470 abordagens, 698.649 veículos vistoriados, além de 550 prisões em flagrante, 60 foragidos da Justiça recapturados e 49 veículos – alvos de furto ou roubo – recuperados. A quantidade de cigarros contrabandeados nesse período é significativa, ultrapassando 126 milhões de unidades. Veja no final do texto mais informações.

Bases
O COD possui 13 bases distribuídas ao longo da extensão do território goiano nas divisas com outros estados nos municípios de Cachoeira Alta, Aporé, Jataí, Chapadão do Céu, Piranhas,
Posse, Corumbaíba, Lagoa Santa, Campos Belos, Cabeceiras, Britânia, São Miguel do Araguaia e Goiânia, onde está a sede administrativa.

A localização é estratégica, o que garante a cobertura de várias regiões do Estado. As bases operam com o chamado COD móvel, constituído por equipes volantes que patrulham diuturnamente pontos específicos das divisas.

O efetivo é formado por 123 policiais militares que integravam o extinto Tático Operacional Rodoviário (TOR), além de outras tropas especializadas como as Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) que hoje é o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

“Considerando a alta qualidade técnica e profissional dos policiais que compõem o COD, somos muitas vezes acionados para dar suporte às unidades de área da Polícia Militar onde o COD atua. Então, elaboramos planos e operações para dar esse apoio às operações”, acrescenta.

Aparelhamento
Com o iminente risco de ingresso de armas, drogas e contrabando no território goiano, a fiscalização requer aparelhamento potente contra as investidas. “Nós temos um armamento altamente capacitado para podermos fazer frente às ações criminosas. Temos fuzis calibre 763, carabinas calibre 556,  escopetas calibre 12, coletes à prova de balas, equipamentos e viaturas com tração nas quatro rodas que muitas vezes há necessidade de acompanhamento e perseguições em estradas vicinais não pavimentadas. Temos o aparelhamento de equipamentos e viaturas suficientes para darmos resposta a essas ações criminosas”, pontua.

Ampliação
Neste ano foram inauguradas duas bases do COD, uma em Britânia, na Região do Vale do Araguaia, na divisa com o Mato Grosso, e outra no distrito de Tataíra, em São Miguel do Araguaia, no Norte de Goiás, onde a maior preocupação é o tráfico de drogas. Segundo o tenente-coronel Faria, existe possibilidade de instalação de novas bases do Comando em Itumbiara, no extremo Sul goiano, e em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. Estudos técnicos estão sendo desenvolvidos neste sentido para verificar a viabilidade.

Ele informa que o município de Catalão, na Região Sudeste, também pode ser contemplado.  “O levantamento considera também a necessidade de aumentar o efetivo do próprio COD, aquisição de viaturas e toda a parte técnica e logística. Armamentos, munições, equipamentos de segurança. Tudo isso está sendo levantado, por um estudo técnico operacional para que possamos levar ao conhecimento do comandante-geral para que ele conduza as autoridades competentes, como o secretário de Segurança Pública e o governador”, conclui.

(Com Goiás Agora)

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