Investimentos do governo garantem reestruturação do Corpo de Bombeiros

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O Corpo de Bombeiros de Goiás está presente em 36 cidades e a meta, com base em planejamento estratégico institucional, é alcançar 42 municípios até o final de 2018, atendendo as cidades com até 30 mil habitantes. De acordo com o comandante-geral, coronel Carlos Helbingen Júnior, em 2011 a corporação estava presente em 28 cidades.

Nos últimos quatro anos, o Corpo de Bombeiros de Goiás passou por um processo de reestruturação e recebeu investimentos que possibilitaram a substituição e modernização da frota e equipamentos, ampliação do número de unidades e melhores condições de trabalho aos militares.

Com recursos de aproximadamente R$ 2,5 milhões, seis quartéis estão sendo construídos. As obras em parceria com as administrações municipais, que cederam os terrenos para as construções, estão em andamento em São Miguel do Araguaia, Ipameri, Goianira e Valparaíso, que passarão a contar com guarnições dos bombeiros.

As unidades de Cristalina e Quirinópolis, que funcionam de maneira improvisada, serão substituídas. Até o primeiro semestre de 2016, as obras deverão ser entregues. “A partir de 2011, a proposta de planejamento de governo para a corporação foi um crescimento pautado em investimentos permanentes em uma fonte que pudesse ser sustentável e para isso foi criado (em 2012) o Fundo Especial de Reaparelhamento e Modernização do Corpo de Bombeiros (Funebom) com recursos advindos das taxas de vistorias, combates a incêndio, taxas de serviço potencial e através da composição de parcerias com órgãos dos governos municipal, estadual e federal”, explica.

Entre 2012 e 2014, os investimentos totalizaram R$ 54 milhões, aplicados na aquisição de 70 unidades de resgate, 60 veículos para vistorias, caminhonetes para as equipes de resgate náutico e de combate a incêndio. A frota foi renovada e atendeu todas as guarnições distribuídas no Estado, que conta com 56 quartéis. Também foram comprados caminhões de combate a incêndio florestais e urbanos, veículos de transporte de tropa e para viabilizar a reposição de água com tanques de capacidade de mais de 28 mil litros d´água no caso de incêndio de grandes proporções.

“Nós devemos até o final deste ano ter colocado em cada unidade nossa um veículo de incêndio ou salvamento novo e alguns estão com mais de um e vamos seguir o planejamento seguinte que é a compra de plataformas (veículos equipados com escadas usadas para salvamento), além de estarmos comprando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e melhorando as condições de segurança da nossa tropa a exemplo de roupas que são adquiridas para o combate a incêndio. Já compramos 900 e cada uma custa R$ 5 mil (importadas da Alemanha) além de capacetes. Só neste investimento foram mais de R$ 3 milhões”, enumera.

Planejamento estratégico

Helbingen afirma que as ações seguem as diretrizes do planejamento estratégico, elaborado a partir de um diagnóstico institucional. Na época, foram ouvidos cerca de 1,6 mil bombeiros em todas as unidades além de 600 pessoas da sociedade civil. O mesmo plano estabelece como meta a instalação de unidades nas cidades com até 20 mil habitantes.

“O diferencial é que deixamos de crescer apenas em momentos de crise. Entendemos que precisávamos ter uma composição sequencial de desenvolvimento para atender as necessidades da sociedade. Isso está sendo feito dentro das possibilidades do Estado, obviamente não se consegue fazer 20 anos em quatro, mas priorizou-se fazer o possível, e viabilizando a substituição de 100% da frota, inclusive a frota pesada. Um caminhão de combate a incêndio custa quase R$ 700 mil. O auto-salvamento custa aproximadamente R$ 500 mil. Nós já chegamos a entregar mais de 40 e meia dúzia de unidades que vamos viabilizar essa aquisição que já está solicitada para atender a demanda. Começamos o governo apagando incêndio florestal com carretinha. Hoje nós temos perto de dez caminhões exclusivos para combate a incêndio florestal. Nós transportávamos nossa tropa com ônibus improvisados. Hoje temos caminhões tracionados para andar em campo para levar as equipes florestais e isso acontece também na área de mergulho”, diz.

Reforço no atendimento aéreo
O helicóptero do Corpo de Bombeiros, adquirido por meio de convênio com a Secretaria Nacional de Segurança Pública helicoptero(Senasp), começou a ser utilizado no dia 6 de outubro de 2011. sendo empregado na Região Metropolitana e interior do Estado, em situações de resgate pré-hospitalar, transporte aeromédico, transporte de órgãos, combate a incêndio, salvamentos e apoio em ocorrências de Defesa Civil. Em quatro anos, foram atendidas 565 ocorrências. Em 2016, haverá reforço neste tipo de atendimento. A corporação contará com um avião bimotor, que seria leiloado.

O comandante-geral diz que solicitou que a aeronave fosse colocada à disposição do Corpo de Bombeiros para realizar o serviço aeromédico. Segundo Helbingen, o helicóptero é empregado num raio de até 150 quilômetros de Goiânia, enquanto o avião poderá se deslocar para todo o Estado de Goiás. Ele adianta que será firmado convênio com o Detran para que a aeronave seja equipada para este fim, podendo ser destinada ao transporte de órgãos e de pacientes em estado grave que precisam de leitos de UTI, além do transporte de tropas especializadas da corporação como cães e equipe náutica para auxiliar em busca de pessoas desaparecidas, por exemplo.

Credibilidade
O efetivo do Corpo de Bombeiros de Goiás é formado por 2,7 mil homens e mulheres que ocupam os postos de praças e oficiais. O coronel informa que nos últimos quatro anos foram acrescentados à tropa 680 servidores aprovados no concurso público realizado em 2010. Uma das preocupações do comando é oferecer o treinamento adequado à tropa, que precisa estar sempre a postos para agir em defesa da sociedade. Por isso, a credibilidade é uma das marcas da corporação. “A credibilidade tem duas colunas de sustentação. A primeira é de valores. A honestidade, a integridade, a vontade de fazer. Nossos homens e mulheres vieram vocacionados voluntariamente para o Corpo de Bombeiros. A outra coluna é sustentada por conhecimento, habilidades e condições. Esta coluna nós demos uma reestruturação a ela. As pessoas são da forma como são e nos bombeiros tem essas características, as pessoas são íntegras e honestas e demos uma robustez a essa coluna. Investimos muito em conhecimento. Foram ministrados mais de 3,2 mil cursos de formação e requalificação. Tem gente que passou por mais de um curso, inclusive formando know how para outros Estados”, conclui.

(Com Goiás Agora)

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