Aliado da gestão petista, o PSC mantém 2016 ‘aberto’

PSC passou os últimos meses construindo uma chapa de candidatos a vereador com condições de buscar ao menos quatro vagas na Câmara na disputa do próximo ano

 MARCOS VIEIRA E ORISVALDO PIRES

Em entrevista essa última semana ao Canal Anápolis (Canal 5 da Net), o vereador Wederson Lopes falou dos planos do PSC para a eleição de 2016. Segundo ele, a agremiação em Anápolis se dedicou até agora na formação de uma chapa forte de candidatos a vereador. O próximo passo é começar a discutir a disputa majoritária. O PSC analisa se lança candidato a prefeito ou compõe com outro partido, oferecendo a vice. Wederson diz que o cenário segue aberto e o PSC conversa com todas as siglas, sem distinção. Leia a seguir os principais momentos da entrevista.

 

Qual é a perspectiva do PSC para a disputa das eleições do ano que vem?

O PSC trabalhou nos últimos meses para formar uma chapa de vereadores, estávamos focados nisso. Trabalhamos para ter uma chapa forte. Temos o Lélio Alvarenga, que veio para o PSC, o professor Neivaldo, o doutor Gilberto Longhi, temos dois vereadores – o Jerry Cabeleireiro e eu, vereador Wederson Lopes –, temos o secretário do Procon, doutor Valeriano de Abreu, além de outros nomes que ainda não passaram pelas urnas, mas são pessoas que estão envolvidas com política, que são apaixonadas em política e querem contribuir com a cidade de Anápolis de alguma forma. São pessoas que têm a pretensão de serem candidatos na eleição de 2016. Então o PSC trabalhou, fizemos reuniões mensais, e consolidou essa chapa forte de vereadores. Ainda que o prazo tenha sido prorrogado devido a essa mini-mini-mini reforma, quisemos deixar tudo pronto caso ocorra alguma coisa, caso o Supremo lá na frente derrube uma decisão que aconteceu no Congresso. Agora estamos começando a discutir nessa segunda etapa a questão majoritária, se vamos realmente colocar um desses nomes para disputar o cargo de prefeito ou se vamos compor com outro partido aqui em Anápolis.

 

E o que seria decisivo para o partido se definir por lançar uma chapa majoritária?

Antes de tudo, a primeira coisa é a disposição de alguém do PSC em se apresentar para essa disputa. É preciso ter também um projeto para Anápolis. O vereador Jerry, por exemplo, nas conversas de bastidores diz que até tem interesse, tem intenção e está trabalhando para isso. Temos também o doutor Valeriano, que já disse que não tem intenção de disputar eleição para vereador, mas em uma majoritária, seja para compor como vice, ele coloca o nome à disposição. Então agora tem que ser discutido projeto. Esses dois colocaram o nome à disposição e vão buscar agora a elaboração de um projeto para a cidade, conversar com outros partidos para que a gente componha na cabeça da chapa ou sendo vice.

 

O senhor percebe o partido com a estrutura necessária, com musculatura para buscar uma eleição majoritária?

O PSC tem uma filosofia voltada para questões sociais e para a família. O slogan dele “é o partido da família e o ser humano em primeiro lugar”. A questão nesse primeiro momento seria ver propostas para a cidade de Anápolis. As pessoas que tem disposição dentro do PSC para disputar uma majoritária têm alguma proposta e tem essa estrutura que possa garantir a chapa? Se for colocar para você de maneira sincera e na transparência que a gente gosta de fazer política, hoje não. Mas é algo que pode ser buscado. Como eu estava falando, estávamos primeiro buscando fortalecer a chapa de vereadores. Então a partir do momento que surgir ali alguém realmente disposto a encabeçar e ir em frente nesse projeto, nós do PSC iremos abraçar e vamos buscar essa estrutura, vamos buscar essa conversação com outros partidos. Porque se o PSC for realmente encabeçar uma chapa, teremos que conversar com outros partidos para que a gente não vá sozinho. É uma questão de buscar esse tempo para trabalharmos essa questão, com cabeça de chapa ou compondo a vice com outra agremiação.

 

O PSC foi um dos primeiros partidos a acreditar no projeto do PT em Anápolis, apoiando a primeira eleição do ex-prefeito Antônio Gomide. Não vingando a cabeça de chapa, existe a tendência de seguir ao lado do PT?

Em 2008, na primeira eleição do Antônio Roberto Gomide, estava com ele só o PT, PSC e PCdoB. Depois mantivemos a aliança com o PT na reeleição do Gomide e, com a entrada do João Gomes, seguimos na base do prefeito. Inclusive eu fui líder do Antônio Gomide e continuei com o João Gomes, saindo apenas quando assumi a primeira secretaria da Mesa Diretora da Câmara Municipal. Quando assumi, achamos melhor entregar a liderança para outro vereador, hoje o Paulo de Lima. Então nós estamos próximos do PT, somos da base do PT, mas o que temos deixado claro para as pessoas que vieram para o PSC é que com relação a eleição do ano que vem não tem nada definido, não tem nada decidido. Estamos na base do prefeito João Gomes, mas precisamos sentar a mesa, precisamos conversar bastante para decidirmos como será a eleição do ano que vem, se vamos ter essa chapa pura, se vamos ter um candidato majoritário, ou com quem vamos compor. Então em relação a isso, nada está definido.

 

O fato de o partido ter dois vereadores na Câmara Municipal é um instrumento importante para que ele marque posição?

Sem dúvida. Somos dois vereadores, constituídos legalmente para estarmos na Câmara representando a população. É uma Câmara de 23 vereadores, o partido ter dois é realmente um peso forte. Em todas as discussões que envolvem o município de Anápolis, o PSC é ouvido. Sempre quando é para se sentar a mesa, tomar uma decisão, estamos presentes. Diversos partidos têm nos procurado visando um diálogo para o ano que vem. Realmente isso dá um peso muito grande para o PSC na eleição de Anápolis. Elegemos quatro vereadores na eleição passada, dois foram para o Solidariedade, quando esse partido foi criado, mas existe a possibilidade de conquistarmos quatro cadeiras na eleição de 2016. Por esses nomes que citei, além de outros que não citei, mas que possuem forte potencial de voto, sabemos que o PSC tem plenas condições de ter quatro vereadores na próxima legislatura.

 

O senhor falou do convite a pessoas que não militavam na política para se filiarem ao partido. Como é feito esse convencimento, já que a gente vive vendo escândalos atrás de escândalos em Brasília. Diante disso, como é trazer pessoas de bem para militar na política?

O PSC é um partido que não tem desgaste com relação a escândalo. A gente vê tudo isso que tem acontecido, envolvendo o Congresso Nacional principalmente, mas o PSC é um partido leve, principalmente em Anápolis, que é uma cidade cristã, o PSC é o Partido Social Cristão. Quando a pessoa quer fazer a diferença, quer entrar na política para fazer algo novo, geralmente essas pessoas simpatizam com o PSC, com a filosofia do partido, com as pessoas que estão envolvidas na agremiação. Então nós não tivemos muita dificuldade não. A pessoa participa de uma reunião, ela está interessada, ela conversa, vê o trabalho dos vereadores do PSC, o que o partido tem contribuído com a cidade, e as pessoas logo se identificam e se filiam. Mas quando eu falei, não são pessoas que não estavam envolvidas na política, mas sim pessoas que não haviam sido experimentadas pelas urnas, porque geralmente as pessoas estão envolvidas com política de uma forma ou de outra. São pessoas que gostam de política, estão interessadas na política e decepcionadas com o que acontece atualmente, mas não haviam sido experimentadas pelas urnas, e que gostariam de assumir esse desafio, candidatar a vereador para contribuir com a cidade a partir de 2017. Isso tem sido gratificante para nós. Eu também estou no meu primeiro mandato, o vereador Jerry é de primeiro mandato. Temos visto que no PSC há uma condição muito boa para que você possa trabalhar e devolver seus projetos.

 

Qual a avaliação que o PSC faz do quadro político atual?

A questão local é muita específica. O PSC é oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff. Em Goiânia, na Assembleia Legislativa, ele é da base do governador Marconi Perillo. Em Anápolis, está na base do prefeito, que é do PT. Então a questão municipal aqui é muito específica. Há conversa com o PSDB, com o PT, com o Solidariedade, com o PMDB, com todas as siglas. Nós hoje estamos na base do prefeito João Gomes, o secretário Valeriano, do Procon, é do PSC, então se formos colocarmos, hoje estamos mais próximos do PT, do nosso prefeito João Gomes, mas não tem nada definido com relação a eleição. É uma questão de governabilidade, do Executivo, da aliança para governabilidade no município de Anápolis, mas com relação à eleição estamos conversando com todos, colocando nossas propostas e projetos para todos, e chamando os partidos para conversar com o PSC, mostrando qual o projeto e quem quiser vir conosco vamos montar uma estrutura para que possamos viabilizar nossa candidatura para o ano que vem.

 

 

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