Delegacia deixar de registrar caso de tentativa de estupro
Policiais civis de uma delegacia em Anápolis, se recusaram a receber um menor apreendido nesta quarta-feira (9/12) suspeito de tentativa de estupro. A atitude foi motivada por causa paralisação de 24 horas de policiais e servidores da Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO). O adolescente teve que ser levado novamente ao carro da Polícia Militar.
Momentos depois, o menor, que não teve a idade divulgada, acabou sendo liberado. A ocorrência foi uma das poucas levadas à delegacia geral da cidade. Os corredores, normalmente sempre cheios, estavam sem qualquer movimento.
O presidente da União Goiana dos Policiais Civis (Ugopoci) em Anápolis, Paulo Renato Lima Siqueira explicou o motivo do ato. “Esse protesto é uma resposta que estamos dando ao tratamento que foi dado ao servidor público, em especial, à Polícia Civil”, disse.
Homicídios
Na Região Metropolitana de Goiânia, foram registrados seis homicídios nesta quarta-feira, sendo 5 na capital e um em Aparecida de Goiânia. A paralisação atrasa a investigação dos crimes, bem como o recolhimento dos corpos ao Instituto Médico Legal (IML).
A desembargadora Maria das Graças Carneiro Requi, em decisão monocrática, determinou a suspensão total da paralisação sob pena de multa diária no valor de R$ 20 mil em caso de descumprimento. Ela alegou que o movimento poderá acarretar enormes prejuízos à população, pois coloca em risco a vida dos cidadãos.
Em entrevista coletiva nesta tarde, o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, minimizou a paralisação e afirmou que possíveis “transgressões disciplinares” de servidores que não trabalharam serão apuradas.