Reajuste do IPTU será feito por meio de portaria

José Roberto Mazon 10,11,15 (1)

Secretário Municipal da Fazenda, Roberto Mazon

Secretário Municipal da Fazenda, Roberto Mazon
Secretário Municipal da Fazenda, Roberto Mazon

Com a falta da atualização da planta de valores para composição do IPTU, o imposto sofre reajuste através de portaria municipal

LUIZ EDUARDO ROSA

O aumento da inflação vem gerando recrudescimento nas contas públicas. A Prefeitura de Anápolis instituiu o reajuste de 10,71% para o IPTU neste ano. O percentual do aumento é baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2015. A Secretaria Municipal da Fazenda aponta que o reajuste corrigirá o valor desta que é a quarta maior receita da cidade, em um período de uma retração de repasses vindos do Estado e União.

Com a falta da atualização da planta de valores para composição do IPTU, o imposto sofre reajuste através de portaria municipal. A medida é amparada no Código Tributário, que determina que a Fazenda Municipal faça a correção do valor do IPTU, baseado no IPCA do ano anterior, caso não haja atualização da planta de valores. “Apesar de sabermos que a inflação varia mensalmente, a lei rege que esse reajuste deve ser feito anualmente, neste sentido evitando defasagem na arrecadação”, explica o secretário municipal da Fazenda, José Roberto Mazon.

Atualmente, as dívidas de anapolinos com IPTU somam R$ 110 milhões. O programa de recuperação de crédito, o Refis, no ano passado conseguiu recuperar R$ 6 milhões. “Esse recurso possibilitou conclusão de algumas obras e realização de outras, como também efetuar contratações de funcionários municipais”, explica Mazon. Ele aponta que o período é de dificuldade e por isso não há previsão de aumento de repasses do Estado e da União, que também se encontram em contexto de contenção e corte de gastos.

O IPTU é a quarta maior receita para Anápolis, estando atrás do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), seguido pelo Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). O Índice de Participação dos Municípios (IPM), que regula o percentual de repasses do Estado para os Municípios pelo ICMS arrecadado, diminuiu em 2,24% de 2015 para este ano. O percentual de perda do ICMS em 2,24% corresponde a R$ 400 mil por mês a menos este ano.

“Este reajuste no IPTU não resolve a situação de nosso Tesouro, ajuda somente a corrigir o valor evitando defasagem na arrecadação”, aponta Mazon. Em fevereiro do ano passado, a última tentativa de realizar a correção do imposto pela planta de valores acabou dando lugar ao aumento de 20% para todos os imóveis, após discussões da Câmara Municipal. Dessa forma o que acabou vigorando neste ano foi somente a portaria atendendo o reajuste previsto pelo Código Tributário.

 

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