Homem é assassinado por segurança ao cobrar dívida trabalhista

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A Polícia Civil está à procura do segurança Fábio Olavo Costa Lobo, de 36 anos, suspeito de matar a tiros o também segurança, Ademar Ferreira Júnior, de 45, dentro de uma empresa de embalagens, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. A vítima, ex-funcionária da indústria, havia ido ao local para cobrar uma dívida trabalhista. Já o suspeito, ainda atuava no local. Segundo a Polícia Civil, ambos eram amigos de “longa data” e até tinham parentes entre si.

“Pelo que apuramos, o Fábio é primo da ex-mulher do Ademar. Eles eram muito amigos. O suspeito, inclusive, tinha visitado a vítima na semana anterior ao crime. Além disso, foi ele [Fábio] que indicou o amigo para trabalhar na empresa”, disse ao G1 a delegada Marisleide Santos, responsável pelo caso.

O crime ocorreu na quarta-feira (17). A vítima trabalhou na instituição no ano passado, por seis meses, mas foi demitida em dezembro. Ela havia ido ao local para cobrar o acerto e salários atrasados.
Segundo a delegada, ele foi recebido por Fábio. Ambos tiveram uma discussão na entrada, pois o servidor não queria deixar Ademar entrar. “O dono da empresa tomou conhecimento e pediu para que o ex-funcionário subisse”, explicou.

Ainda conforme a delegada, dentro da sala com os dois proprietários, Ademar pediu para receber os ordenados e reclamou da atitude do amigo quando chegou. Nesse momento, Fábio sacou a arma e atirou. Antes de fugir em uma em uma caminhonete da empresa, ele abandonou o revólver no local.

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Fama de violento

Segundo Marisleide, Fábio tinha fama de violento e gostava de ostentar fotos com armas nas redes sociais. Ele já tinha passagem por ameaça e foi preso uma vez por dirigir embriagado.
Os donos da empresa já foram ouvidos. “Eles confirmaram a dívida com a vítima, mas negaram participação no crime. Inicialmente, também não vimos nenhum elemento que os ligue ao assassinato”, explica a investigadora.

Tristeza
Mulher de Ademar, Mari Carvalho também já trabalhou na empresa como gerente financeiro por oito anos. Ela lamentou o homicídio.

“A gente veio receber aquilo que a gente tem de direito. Eu trabalhei, dei minha vida por isso aqui para acontecer isso. Isso não é justo. Se tivesse descido aqui e falado ‘eu não tenho dinheiro para te pagar, vai procurar outra coisa ou venha outro dia’, não sei. Mas falasse alguma coisa. Aí manda o segurança vir falar com a gente. Ele já apontou a arma para gente”, disse.

Vários outros servidores da empresa, que também foram demitidos, vivem o drama de não receber o dinheiro da rescisão trabalhista. O caso, inclusive, é acompanhado pela Delegacia Regional do Trabalho, que apurava irregularidades na unidade.

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