“Apesar das dificuldades, foram dois anos altamente positivos”  

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MARCOS VIEIRA

Na segunda-feira (4), o prefeito João Gomes (PT) completou dois anos à frente da Prefeitura de Anápolis. Eleito pela segunda vez vice-prefeito em 2012, o empresário assumiu o comando da cidade depois da renúncia de Antônio Gomide, em 4 de abril de 2014, para disputar o cargo de governador de Goiás. A ascensão de João Gomes é marcada pelo início de uma crise econômica nacional que hoje vive seu auge, aliada a uma crise política cujo principal ponto é a análise de um impeachment da presidente Dilma Rousseff pela Câmara Federal.  O prefeito demonstra otimismo, apesar das dificuldades, e diz que a administração mantém salários em dia, prestação de serviços à população e obras em andamento. Para João, é preciso unir esforços para que o País volte a crescer e cabe aos políticos acabar com a crise que eles iniciaram a partir de janeiro de 2015.

 

Qual avaliação o senhor faz desses dois anos no comando da Prefeitura de Anápolis?

Dois anos importantes, pois conseguimos, rompendo em fé, já que não foi fácil. Foram dois anos complicados dentro desses sete que temos de governo, foram os piores em termos de economia, em termos de crise. Crise política, crise econômica, queda na arrecadação, vertiginosa até, cada ano cai um pouquinho, mas ainda sim com muito trabalho, seriedade, envolvimento da equipe. Com muita competência nós conseguimos chegar até aqui. Anápolis é a melhor cidade de Goiás, uma das melhores do Brasil. Hoje temos boa parte dos municípios brasileiros, alguns deles bem pertinho da gente, cuja prefeitura trabalha meio período. Anápolis não, a cidade continua prestando a mesma quantidade de serviço, a mesma qualidade, apesar de todas as dificuldades, além de pagar o servidor em dia. Isso é importante. Os fornecedores também estão sendo pagos. O balanço que faço é altamente positivo. Apesar de toda crise, Anápolis vem fazendo a diferença em termos de gestão nesses sete para oito anos. E com certeza vamos continuar fazendo, com uma equipe série, competente e trabalhadora. A grande diferença é a força de trabalho. Não diminuímos isso. Eu mesmo trabalho uma média de 12 horas por dia. Há dias que trabalho 15 horas. E minha equipe também. São homens e mulheres empreendedores, que me ajudam a fazer a diferença. Por isso esses dois anos renderam muito, temos muitas obras em andamento. Produzimos muito e queremos continuar produzindo mais.

 

O senhor veio da classe empresarial. Acredita que o Brasil voltará a crescer?

O setor produtivo que gera emprego e renda, que sempre tem feito a diferença no Brasil, a despeito de qualquer crise, seja ela política ou financeira. O que precisamos hoje é soltar a peia, é o Congresso Nacional começar a votar as coisas importantes para o Brasil. Eles travaram todas as pautas. Só se vota pauta bomba. O Brasil está parado e isso arrebenta com o setor produtivo. Mas eu vou dizer, vamos vencer essa crise, vamos passar por cima disso como já fizemos em outras ocasiões. Isso graças ao empreendedorismo e a capacidade de trabalho, de fazer a coisa ‘virar’. Estamos sofrendo, estamos agoniados, mas não estamos parados. O setor produtivo com certeza está se movimentando, vai fazer toda a diferença.

 

E o PT vencerá esse momento também?

O que estamos vendo em Brasília não é uma disputa de regime, mas sim uma disputa de poder. Essa briga que está lá… Não estão preocupados se o problema é econômico. Cada um está olhando para o próprio lado. Essa disputa de poder é altamente perniciosa. Essa disputa de poder a qualquer custo é ruim para o País. Se a partir de janeiro do ano passado, quando começou o novo governo, se o Congresso Nacional, cumprindo seu papel, votasse aquilo que é importante para a Nação, discutisse o que interessa à população, cumprindo o que se espera de um parlamentar eleito, o Brasil hoje seria diferente, estaríamos vivendo outro momento. Quem tem que administrar a crise política não é o povo. Quem tem que fazer isso são os políticos, que precisam ter competência, seriedade e responsabilidade de resolver essa crise política. Quanto à crise econômica, precisamos conversar todo mundo, independente de bandeira partidária, e discutir o Brasil, e resolver os problemas. Precisamos unir as forças, trazer para dentro de nós o sentimento de brasilidade, esse sentimento de patriotismo. Não estamos aqui defendendo bandeira ou cor partidária, não é esse o papel. Estou defendendo aqui que o Brasil comece a caminhar de novo. Deixem os empresários trabalhar, o setor produtivo gerar emprego e renda. Precisamos passar uma régua nisso. Disputa de poder se faz nas eleições. Agora vamos respeitar as regras, vamos deixar o Brasil andar. Brasília parou o Brasil e não adianta culpar apenas a presidente. Ela não governa sem o Congresso Nacional e cada um precisa cumprir o seu papel e juntos discutir os problemas do Brasil, achar soluções e encaminhá-las. Precisamos voltar a gerar emprego e renda.

 

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