Com pré-candidaturas colocadas, partidos tentam viabilizar apoios

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Para que projeto eleitoral vingue, siglas correm atrás de formar chapa forte para a disputa de prefeito de Anápolis

MARCOS AURÉLIO SILVA

A pouco mais de 170 dias da eleição, as conversações para formação das alianças que visam disputar a Prefeitura de Anápolis começam a se aprofundar. Ainda é impossível ver com real clareza como deverá ficar o cenário político para a campanha eleitoral desse ano, mas conforme os diálogos têm sido estabelecidos dá para se ter uma ideia de como e com quem poderão caminhar os partidos.

O PT tem interesse em repetir ou chegar muito próximo da aliança composta na última eleição municipal. Esse projeto deve garantir ao menos 12 partidos engajados na reeleição do prefeito João Gomes (PT). O presidente estadual do PT, Ceser Donisete Pereira, confirma que as conversas estão mais adiantas com PTB, PR, PRP e PDT, mas a aproximação com outras siglas já começou, e até o próximo mês deverá ser ampliado o quadro de apoio.

“Estamos buscando conversar com todos aqueles que têm afinidade com o trabalho que foi feito pelo PT na cidade e que agora tem o João Gomes à frente. Creio que teremos a mesma quantidade de partidos apoiadores que conseguimos na campanha de 2012. Ao menos deveremos chegar bem próximo disso”, expõe Ceser Donisete.

Partidos com o PMDB, PSC e PP, que estiveram na chapa do PT na última eleição municipal, esse ano devem tomar novos caminhos. Mas Ceser Donisete avalia que novas legendas devem se unir ao projeto de reeleição de João Gomes. “Nós só temos restrições ao PSDB, DEM e PPS. São restrições que vem em nível nacional e que nós recebemos. Então são apenas esses que não estamos abertos a conversar. Com todos os demais, nós estamos abertos”, declara o presidente do PT.

Base tucana

O PSDB também já tem conversações bem adiantadas, e segundo o presidente municipal da sigla, Erivelson Borges, até agora estão fechados com PTN e PP. Nos próximos dias as lideranças tucanas em Anápolis devem buscar estabelecer novos diálogos com outros partidos que podem embarcar na chapa que deverá ser encabeçada pelo recém-ingresso ao ninho tucano, deputado estadual Carlos Antonio.

“Vamos buscar formar uma aliança com todos os partidos da base do governador Marconi Perillo. Eu acredito que até junho vamos fechar essas conversas”, aponta Erivelson Borges. Ele salienta que só não é bem vindo na aliança o PMDB e PT, os demais podem ser sondados para se juntar ao grupo de apoiadores.

O PMDB encerrou essa semana a fase de filiações partidárias daqueles que pretendem participar das eleições municipais. O presidente municipal do partido, vereador Eli Rosa, explica que a partir das próximas semanas deverá começar a intensificar as aproximações entre os partidos que podem compor a aliança. “Algumas tratativas nós já iniciamos com o DEM e com o PSC, mas ainda são conversas iniciais e que devem se desenvolver nas próximas semanas”, diz.

Eli Rosa esclarece que aguarda uma reunião com a executiva estadual para se inteirar das definições do partido para as eleições municipais deste ano. “Com toda essa confusão que está a nossa política, fica difícil de ter algo mais concreto. Eu prefiro conversar com outros partidos quando já tivermos algo mais palpável para se estabelecer. Mas sem dúvida, vamos começar em breve a afunilar essas tratativas”, aponta. O peemedebista não citou nenhum partido que o PMDB descarta da aliança que pretende formar para lançar a sua candidatura à Prefeitura de Anápolis.

Sem restrições

O PROS, que tem como pré-candidato o advogado Odilon Oliveira, também está na fase de estabelecer seus diálogos com os partidos que podem se aliar. Entre eles está o PMDB, o DEM e o PEN. “Somos um partido independente e de centro. Não temos restrições a partido nenhum, por isso podemos caminhar bem com qualquer sigla que tenha interesse em nosso projeto para Anápolis”, diz o presidente da sigla em Anápolis, Carlos Henrique Alves.

No próximo mês, o presidente nacional do PROS, Eurípedes Júnior, deverá vir a Anápolis para o lançamento oficial da candidatura de Odilon Oliveira. “Acreditamos que nos próximos dias, com a intensificação da agenda política em Anápolis deveremos ter conversas mais definitivas em relação às alianças”, aponta.

Outro que divide o tempo entre a formação de um partido competitivo e a viabilização do nome para a disputa de prefeito é o ex-deputado estadual José de Lima. Recém-ingresso no PV, ele ajuda a recompor o partido na cidade. A partir daí, deverá ir atrás de apoiadores para seu projeto de encabeçar uma chapa majoritária.

 

Novidade

Nesta última semana, o PSD anunciou a possibilidade de lançar a candidatura a prefeito do empresário Edson Tavares, superintendente do Porto Seco Centro-Oeste. O partido, que faz parte da base do governador Marconi Perillo e da presidente Dilma Rousseff, tem trabalhado desde o ano passado para lançamento de candidatura própria em Anápolis.

A proposta do PSD passa pela apresentação de um nome novo para o eleitorado anapolino. Outro pré-candidato do partido é o médico Olegário Vidal, pediatra conceituado e bastante articulado.

O PSD compõe o chamado G-4, que conta ainda com PHS, PEN e PPS. A promessa do grupo é que ao se definir o cabeça de chapa, todos o apoiarão. O PHS tem o nome do pastor Elismar Veiga para a prefeitura. Já o PPS anunciou como pré-candidato o ex-vereador André Almeida.

 

 

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