Grupo de estudantes protesta contra aumento da passagem

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A semana foi marcada por protestos no Terminal Urbano, ao lado da Praça Americano do Brasil, devido ao aumento da tarifa do transporte coletivo de R$ 2,50 para R$ 3

LUIZ EDUARDO ROSA

A semana foi marcada por protestos no Terminal Urbano, ao lado da Praça Americano do Brasil, devido ao aumento da tarifa do transporte coletivo de R$ 2,50 para R$ 3.  Apesar das reclamações, o novo valor da passagem poderia ter sido maior, chegando a R$ 3,38.

“Este reajuste deveria ter acontecido logo quando assumimos o transporte público em Anápolis, porém com a questão da adaptação da empresa essa revisão de tarifa foi adiada”, explicou ao JE o gestor da Urban, Humberto El Zayek, que ressaltou que não se trata de um aumento, mas sim de uma “revisão”.

Segundo Humberto, de 2011 até agora, a tarifa de ônibus em Anápolis foi reajustada apenas uma vez. Isso fez com que a Urban assumisse o sistema com o valor defasado. O gestor disse que os R$ 3 pagos pelo anapolino atualmente para andar de ônibus representam a passagem mais barata em Goiás em cidades com mais de 100 mil habitantes. Segundo ele, em Rio Verde a tarifa é de R$ 3,50; em Itumbiara chega a R$ 3,40.

Humberto El Zayek disse que diante de um reajuste abaixo do ideal, levando-se em conta um cenário novo em que a concessionária do transporte coletivo de Anápolis precisa fazer investimentos por força contratual, será preciso vencer alguns desafios.

“O que faremos é enfrentar o desafio de praticar este valor estabelecido pela prefeitura, acertando os horários e dando eficiência ao atendimento à população”, explicou o gestor. Ele apontou que o valor atual será mantido até devido o momento econômico do País. As demissões têm feito com que até as vendas de vales-transportes diminuam em Anápolis.

O anexo 4 do edital de licitação do transporte coletivo diz que a tarifa de ônibus  somente pode ser reajustada anualmente e no mês de julho. Humberto El Zayek argumentou que a revisão logo no início das operações da Urban traria mais problemas em um momento de adaptação, onde não havia qualquer informação acerca do funcionamento do sistema. “O momento inicial da tomada da nova empresa no transporte coletivo foi julgado inoportuno pela Urban e pela Prefeitura, sendo então essa revisão tarifária adiada”, afirma Humberto.

Protesto

Os grupos que protestaram no Terminal Urbano, impedindo a entra e saída de veículos por mais de uma vez, afirmam que não possuem uma liderança. “Os rumos do transporte público estão muito pela visão do lucro, o valor aumentou, porém não vemos melhorias na prestação de serviço por parte da empresa, então nos posicionamos contra este aumento”, declara o estudante universitário Douglas Rodrigues.

Segundo Douglas, os ônibus atrasam e vivem lotados. Ele informa que pelo menos 100 estudantes participaram do “fechamento” do Terminal Urbano na quinta-feira (7). Já a Urban aponta para 40 jovens no momento de maior presença dos manifestantes. Os estudantes declaram que desejam ser atendidos pela prefeitura para reivindicar a revogação do decreto que autorizou o aumento. Caso não consigam ao menos o diálogo, vão seguir bloqueando a entrada e saída de ônibus no terminal.

 

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