Anápolis fecha 966 vagas de trabalho em apenas 3 meses

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A diferença entre os anos de 2015 e 2016 na cidade é preocupante. Com o saldo negativo de agora, a redução chega a 109%

A crise econômica mostra sua pior face no fechamento de postos de trabalho. Anápolis também sofre os efeitos da recessão e soma, nos três primeiros meses de 2016, o fechamento de 966 postos de trabalho. Isso dá uma média de 10 vagas perdidas por dia.

Os dados são da página na internet do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Há um atraso na divulgação do mês de abril, embora nada tenha ocorrido que possa ter reflexo considerável no mercado de trabalho local.

A diferença entre os anos de 2015 e 2016 é preocupante. No primeiro trimestre do ano passado foram criados 1057 novos postos de trabalho em Anápolis. Com o saldo negativo de agora, a queda chega a 109%.

Entre os setores que mais empregam, o comércio sofreu as maiores perdas. Foram 425 postos de trabalho fechados no primeiro trimestre. A expectativa de melhora do cenário poderia até existir em fevereiro, mesmo com 87 vagas fechadas, pois janeiro foi terrível, com 140 postos a menos no mercado, mas não se consolidou em março. O terceiro mês do ano fechou com saldo negativo de 198 demissões no comércio anapolino.

O setor de serviços também fechou em baixa: 374 vagas desapareceram em três meses. O mês de março também acumula a perda mais acentuada. Em janeiro foram -76 postos de trabalho. Fevereiro teve perda de nove vagas e março terminou com o desaparecimento de 289 vagas.

Na construção civil, os três primeiros meses do ano representaram a perda de 187 postos de trabalho. Janeiro teve o fechamento de 100 vagas; fevereiro perdeu 88 e em março, o saldo positivo foi de apenas um posto de trabalho.

Goiás
A indústria de transformação e o agronegócio foram os principais responsáveis pela geração de novos empregos em Goiás, no primeiro trimestre de 2016. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em março foram gerados 3.331 empregos celetistas no Estado, o que equivale à expansão de 0,28% em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior.

Os setores de atividade que mais contribuíram para esta expansão foram a agropecuária (+ 1.608 postos de trabalho) e a indústria de transformação, que gerou 1.559 novas vagas. A indústria extrativa mineral criou 60 vagas de trabalho formal, o que corresponde a um crescimento de 0,70%, seguido do segmento de serviços industriais de utilidade pública (83), e da administração pública (10 vagas).

Nacional
O Brasil teve a maior perda de vagas formais para meses de março em 25 anos, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No terceiro mês do ano o país fechou 118.776 postos de trabalho com carteira assinada.

Nos últimos 12 meses, já foram suprimidas 1.853.076 vagas formais. Os números levam em conta a diferença entre demissões e contratações. Quase todos os setores da economia demitiram mais do que contrataram. A exceção foi a administração pública, com 4,3 mil vagas a mais no mês.

Maioria
O comércio e a indústria de transformação fecharam o maior número de vagas, respectivamente, 41.978 e 24.856. Em terceiro lugar, vem a construção civil, com supressão de 24.184 vagas.

Os estados que mais fecharam postos de trabalho em fevereiro foram São Paulo (-32.616 vagas), Rio de Janeiro (-13.741) e Pernambuco (-11.383). Apenas quatro estados contrataram mais que demitiram: Rio Grande do Sul (4.803 vagas criadas), Goiás (3.331), Roraima (220) e Mato Grosso do Sul (187 postos criados).

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