Construção civil sofre menos perdas de vagas de trabalho em Anápolis em ano de crise

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obraLUIZ EDUARDO ROSA

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontaram o saldo positivo, mais admissões que demissões, para o setor de Construção Civil, em Anápolis. A Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda aponta como a empregabilidade apresentou seus picos e quedas de janeiro até agosto deste ano. As vagas disponíveis na cidade tem se concentrado no perfil de prospecção e busca de clientes para os setores de comércio e imobiliário. A empregabilidade do Município até o momento tem apresentado mais demissões do que admissões.

O setor de Construção Civil foi um dos dois setores que manteve o saldo positivo da empregabilidade. Entre os meses de janeiro a agosto deste ano, o saldo de demissões e admissões, foi de 72. Os outros tiveram essa diferença negativa, entre estes estão a Indústria de Transformação com o saldo mais negativo com -720. Em seguida estão o Comércio (-730), Serviços (- 568) e Agropecuária (-26). “Esperamos que neste último trimestre haja uma melhora, com as contratações temporárias”, explica a diretora municipal de Trabalho, Emprego e Renda, Mirna Maria Vieira.

Nos dados do Caged, constam que o mesmo período, de janeiro a agosto, o setor da Administração Pública teve o maior saldo positivo, com 216. “Ao contextualizar o saldo de empregabilidade da Administração Pública, temos que considerar que houve o chamamento de concursados e demissões devido á conclusão de contratos com tempo pré-determinado, o que faz destes números terem uma análise diferente de outros setores econômicos”, explica Mirna. Ao analisar a empregabilidade associada com o ritmo da economia, a Administração Pública tem uma dinâmica diferenciada, com orçamentos prévios, chamamentos após concursos, demissões de contratos temporários e nomeações de quadros comissionados.

No computo final até agosto deste ano, foram 23.290 admissões contra 25.121 demissões. Uma outra tabulação de dados é enviada pelo Caged com alguns meses de atraso, por ter uma análise mais detalhada dos tipos de admissões e dos motivos específicos de desligamentos. Entre janeiro e junho deste ano, o maior número de admissões foi por reemprego, ou seja, admissão do trabalhador desempregado em um outro posto de trabalho ou empresa. O reemprego foi de 17.124 admissões. As admissões por primeiro emprego no primeiro semestre foi de 1.695 admissões.

Já as demissões tiveram como maior número as dispensa sem justa causa, com 14.566 desligamentos no primeiro semestre deste ano. O número global de desligamentos no primeiro semestre foi de 21.566, majoritariamente pelos motivos de dispensa sem justa causa e término de contrato. “A crise em 2015 veio a ter um impacto mais pesado no primeiro semestre deste ano”, explica Mirna. O mês de junho foi o ápice do saldo negativo de empregabilidade em Anápolis, contando com 2.642 admitidos contra 3.474 demitidos, gerando a maior diferença negativa com – 832. Esta diferença diminuiu em julho com um saldo de -284. Em agosto houve uma virada positiva no saldo, com 274, que é a diferença entre 3.288 admissões contra 3.014 demissões.

Vagas
As vagas disponíveis, apontadas pelo Sistema Nacional de Empregos (Sine), são para corretor de imóveis, com 145 vagas, e representante comercial autônomo, com 153 vagas. “No caso do corretor é necessária a formação e o registro profissional, infelizmente apesar de ofertarmos o curso pela Prefeitura, houve baixa procura”, afirma Mirna. Para as vagas de representante comercial, os requisitos são a experiência e a aptidão para a atividade. Cerca de 67 vagas permanecem em aberto para deficientes físicos, que segundo Mirna, apesar do trabalho realizado de intermediação com as empresas, há um rigor nos requisitos necessários para preencher as vagas.

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