Comércio aguarda Natal para tentar recuperar ano de crise

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LUIZ EDUARDO ROSA

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Anápolis (CDL) aponta dados sobre a situação do Comércio Varejista em Anápolis, nos quais o segundo e terceiro trimestre tiveram um menor percentual de compras, em relação ao ano passado. Fatores foram decisivos como o desemprego e inflação nos preços, o setor espera uma recuperação em dezembro, contando com as festas de final de ano. Uma tendência que se mantém pelo receio do consumidor quanto ao momento econômico são as compras à vista.

Entre os três trimestres já percorridos neste ano, o primeiro (janeiro a março) foi o que se apresentou mais positivo com 3,11% a mais de compras, em comparação mesmo período de 2015. Já no segundo trimestre (abril a junho) caiu em 0,9%, comparado com o mesmo período de 2015, e o terceiro trimestre (julho a setembro) foi de – 8,9%, em comparação ao ano passado. “Percebemos essa queda das compras, isso não quer dizer que elas pararam, mas que foram nos últimos trimestres inferiores do que a movimentação do ano passado, neste mesmo período”, explica o presidente da CDL Anápolis, Wilmar Jardim.

O fator como o desemprego, apontados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), tiveram de janeiro a agosto deste ano um total de 23.290 admissões, contra 25.121 demissões. O próprio Comércio apresentou um saldo negativo entre janeiro a agosto deste ano de – 730, na subtração do número total de contratações pelas demissões. Neste saldo negativo, somam-se de janeiro a agosto tanto contratações temporárias, quanto as que são de carteira assinada. “O desemprego desempenha um impacto na queda das vendas, percebemos que na medida em que ele cresce, há um movimento menor de compras no comércio”, afirma Wilmar.

Um dos carros chefes da movimentação no Comércio Varejista são as datas especiais, sob as quais são feitas previamente pesquisas de intenção de compras e a forma de efetuar o pagamento. Através dos índices trimestrais, na comparação de 2016 com 2015, apresentaram diferentes comportamentos do consumidor em relação a cada uma das datas. O período segundo trimestre de 2016, contando com datas como o dia das mães e dos namorados, foi uma queda de 0.9%, que segundo Wilmar, se aproxima de um empate com o mesmo período do ano passado. “Ao chegar o terceiro trimestre mostra uma característica do dia dos pais, de não tem um apelo tão grande como as outras datas especiais do ano, dessa forma a queda foi maior”, explica Wilmar.

Uma das ações buscadas pela CDL Anápolis para incentivar uma maior movimentação entre seus associados é o sorteio de prêmios. Para o final de dezembro deste ano, está programado um sorteio de um carro 0 km, três motos e três televisores de 50 polegadas. Neste sentido, a Entidade busca trazer uma movimentação maior aos seus associados através do atrativo dos prêmios, que a partir das compras nos estabelecimentos filiados, o cliente ganha um cupom para concorrer. “Há um sinal de crescimento, talvez não tenha acontecido de forma explícita, de qualquer forma temos que apostar que vendas cresçam no último trimestre”, afirma Wilmar.

Inadimplência
No primeiro trimestre houve uma queda de registros em relação ao mesmo período do ano passado com 16% a mais de pessoas que retiraram seu nome do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Já no segundo trimestre a inadimplência foi a 7,9% a mais do que no mesmo período no ano passado, e no terceiro com um recuo de 6,4% de inadimplência. “Se basearmos estes percentuais de inadimplência com as pesquisas das datas sazonais de intenção de compra, percebemos que o consumidor mantém seu comportamento de pagar à vista”, explica Wilmar. Todas as pesquisas como dias das mães, namorados, pais e crianças, os entrevistados apontaram a preferência de fazer sua compra a vista. O volume de informação aqui apresentado nos percentuais em toda a reportagem é de em média de 15 mil envios por mês.

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