Disputa para presidência da Câmara Municipal de Anápolis já tem três nomes cotados

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vereadores_candidatosAmilton Filho, Jean Carlos e Mauro Severiano confirmam desejo de pleitear o comando do Legislativo anapolino para o biênio 2017-2018

FERNANDA MORAIS

A disputa pela presidência da Câmara Municipal de Anápolis tem dominado os debates políticos da cidade, juntamente com o anúncio do futuro secretariado do prefeito eleito Roberto Naves (PTB). A escolha de quem comandará o Legislativo no biênio 2017-2018 cabe a somente 23 votantes, mas é de uma complexidade, envolta em muita articulação, que serve de primeira prova de fogo para os novatos.

Há quem aposte que o novo presidente sairá dos oito reeleitos, mas os 12 vereadores novatos, justamente pela quantidade, terão influência no processo e podem ocupar os outros cargos da mesa diretora – vice-presidência e mais quatro secretários. Exercem poder na eleição, pela experiência, três nomes que retornam à Casa: Antônio Gomide (PT), Domingos Paula (PV) e João da Luz (PHS).

Por falar em experiência, o veterano Mauro Severiano, eleito pelo PSDB para seu sétimo mandato consecutivo, já declarou que vai pleitear a presidência da Casa e se considera gabaritado para isso. “Faço parte da segunda maior bancada da próxima legislatura, o PSDB, que tem três vereadores. Estamos atrás apenas do PT, que fez quatro. Tenho experiência e conheço a Câmara, sou o único vereador a conseguir sete mandatos seguidos na história de Anápolis”, afirmou o vereador, confiante na possibilidade de apoio dos colegas tucanos, Pastor Elias Ferreira e Américo dos Santos.

Maurão do INPS, como é conhecido, e prefere ser chamado, disse que além de conhecer a estrutura e o funcionamento da Casa, é formado em Direito e tem boa interpretação das leis. “O meu currículo me gabarita para o cargo. Meu desejo é colaborar com o trabalho dos demais colegas, uma vez que o presidente não tem acréscimo em seu salário. O desejo não é político e sim para administrar”, comentou.

Quem também já demonstrou interesse em pleitear a função é Amilton Filho (SD). Ele foi reeleito para o segundo mandato e atualmente é o primeiro secretário da mesa diretora. O vereador disse que antes de oficializar qualquer candidatura, é preciso conversar com os demais colegas eleitos. “É normal essa discussão, o assunto, de fato, é tratado com frequência, vamos esperar a diplomação no mês que vem, estudar as condições e definir se é o momento de tentar a presidência”, desconversou.

Um terceiro nome que surgiu em meio às discussões sobre o assunto é o do vereador Jean Carlos (PTB), também eleito para seu segundo mandato parlamentar. Jean é do mesmo partido que o prefeito eleito Roberto Naves, mas, segundo ele, esta condição não irá interferir na eleição do presidente. “Pelo contrário, o Roberto já disse que vai deixar o processo correr naturalmente respeitando a autonomia do poder”, afirmou.

O petebista disse ainda que a pouco mais de um mês das eleições da mesa diretora, é hora de começar a buscar apoio dos vereadores para ter sucesso na caminhada. “Estou conversando, tenho interesse e estou preparado para a função. Eu gosto da parte de gestão e meu objetivo de ser presidente não é político, mas sim pela vontade de melhorar as condições de trabalho na Câmara e consequentemente para a população”, explicou.

Partidos
Para o próximo ano, o PT sai de cena como situação e provavelmente deve atuar na Câmara como oposição à gestão do prefeito eleito Roberto Naves. O partido tem a maior bancada da Câmara, com quatro vereadores eleitos, entre eles o ex-prefeito Antônio Gomide. Caso o PT não faça sua indicação, o apoio do PT será fundamental para aquele que pleitear a presidência, ao considerar que o também reeleito Pedro Mariano (PRP) deve acompanhar a escolha da bancada petista. Ou seja, fecham-se cinco votos.

Seguindo a fase de articulações, recentemente cinco novatos eleitos para o Legislativo formaram um grupo, segundo eles, para discutir uma agenda positiva para cidade. O bloco é formado por Thaís Gomes (PSL), Leandro Ribeiro (PTB), Vilma Rodrigues (PSC), Lélio Alvarenga (PSC) e Deusmar Chaveiro (PSL). Em entrevista ao JE Online, Thaís Gomes também disse que é muito cedo para discutir a presidência, principalmente para os vereadores que assumirão o primeiro mandato.

Lélio Alvarenga reafirmou que o objetivo do bloco não é atuar como oposição, mas sim na união de forças para apresentar e aprovar projetos que sejam interessantes para a população. Sobre a presidência, o vereador eleito pelo PSC afirma que o grupo tem bons nomes e citou Thais Gomes como exemplo. “Ela não impôs o desejo de pleitear o cargo, mas entre o grupo existe o consenso que a colega é bem articulada, íntegra e como advogada atuante, conhecedora de leis. Mas isso não significa que a meta do nosso grupo seja fazer o presidente”, disse à reportagem.

Na divisão por partidos, levando em conta o resultado das urnas, cada lado teria 11 votos – Mauro Severiano, que é candidato, tem afirmado que pretende atuar com independência na Câmara. A disputa pela presidência do Legislativo costuma tirar o sono de muito vereador e ser decidida de véspera. Tradicionalmente, na sessão do dia 1º de janeiro, a votação apenas homologa as escolhas. Mas até lá, as mudanças costumam acontecer em ritmo acelerado.

OS CANDIDATOS
Amilton Filho (SD)
Jean Carlos (PTB)
Mauro Severiano (PSDB)

BLOCO DOS NOVATOS
Vilma Rodrigues (PSC)
Leandro Ribeiro (PTB)
Thais Gomes (PSL)
Lélio Alvarenga (PSC)
Deusmar Chaveiro (PSL)

BLOCO PT E ALIADO
Antônio Gomide (PT)
Luiz Lacerda (PT)
Lisieux José Borges (PT)
Geli Sanches (PT)
Pedro Mariano (PRP)

INDEFINIDOS
Fernando Paiva (PTN)
Pastor Elias Ferreira (PSDB)
Domingos Paula (PV)
Américo Ferreira (PSDB)
Valdete Fernandes (PDT)
João da Luz (PHS)
Jakson Charles (PSB)
Teles Júnior (PMN)
Luzimar Silva (PMN)
Elinner Rosa (PMDB)

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