CELG D é arrematada pela italiana Enel Brasil por R$ 2,187 bilhões
O leilão de privatização da CELG D, ocorrido nesta quarta-feira (30/11), na BMF&BOVESPA, resultou na venda do controle acionário da distribuidora para a italiana Enel Brasil S.A., por R$ 2,187 bilhões, que representou um ágio de 28% sobre o preço mínimo de R$ 1,708 bilhão. O processo de privatização foi gerido pelo Ministério de Minas e Energia, com apoio técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A liquidação financeira e efetiva transferência das ações ocorrerá em janeiro de 2017, após anuência do CADE e da Aneel. A Enel, novo controlador, assumirá também obrigações no total de R$ 2,656 bilhões.
O processo de privatização da CELD D começou em maio de 2015, quando a companhia foi incluída no Programa Nacional de Desestatização (PND). A próxima etapa será a oferta de 5,09% das ações referentes aos empregados e aposentados, o que equivale a R$ 82,6 milhões. Para esses dois públicos, a ação tem 10% de desconto. Em caso de sobras, o novo controlador terá obrigação de adquiri-las. O prazo limite é 17 de abril de 2017.
O BNDES foi responsável por coordenar os serviços necessários à desestatização. A International Finance Corporation (IFC), do Grupo Banco Mundial, foi contratada pelo BNDES para estruturar a operação.
O grupo Enel, multinacional do setor de energia, é um dos maiores investidores do mercado global de energia elétrica e gás, com forte atuação na Europa e América Latina. Presente em cinco continentes e com atuação em mais de 30 países e 61 milhões de usuários em todo o mundo, o grupo possui quase 89 GW de capacidade instalada e uma rede de distribuição de eletricidade e gás de cerca de 1,9 milhão de quilômetros. No Brasil, a Enel está presente por meio da holding Enel Brasil. Em distribuição, as empresas Enel Rio e Enel Ceará atendem cerca de 6,5 milhões de clientes – equivalentes a 8,5% do mercado nacional em número de usuários finais, em 250 municípios.
A CELG D é responsável pelo atendimento de 237 municípios goianos — o que corresponde a mais de 98,7% do território estadual — e que atende a 2,61 milhões de unidades consumidoras e abrange uma área de concessão de 336.871 km². O novo controlador terá como desafio cumprir as novas metas de desempenho operacional nos 5 anos subsequentes refletindo em melhora substancial do serviço prestado à população atendida.