Cerca de 4 mil pessoas em Anápolis desconhecem que são portadoras do vírus HIV

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ANA CLARA ITAGIBA

Cerca de 1% da população anapolina é portadora do vírus HIV, mas ainda não sabe. Isso pode representar 4 mil pessoas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

Neste 1º de dezembro se comemora o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A Semusa, em parceria com os cursos de Enfermagem e Farmácia da Unievangélica, realizaram uma ação ao longo da semana no Terminal Urbano de Anápolis, ao lado da Praça Americano do Brasil.

Segundo o coordenador do programa DST/Aids da Semusa, médico infectologista Marcelo Daher, o objetivo da ação foi realizar o maior número de testes possíveis do vírus HIV, numa tentativa de aproximar os registros públicos da realidade. Em quatro dias, seis novos soropositivos foram identificados e encaminhados para o programa de acompanhamento da Semusa.

O perfil dos portadores de Anápolis é de jovens de 16 a 30 anos, numa proporção de três homens para uma mulher infectada. Atualmente, 1.087 pessoas são acompanhadas pelo programa municipal e desses cerca de 90% tomam o coquetel antiaids. De 2014 até 2016 a média é de 170 novos casos por ano em Anápolis.

Marcelo Daher diz que os números não aumentaram nesses últimos três anos, se mantendo estável, o que também é preocupante. “A doença não tem cura, por isso é importante que as pessoas se previnam, pois apesar de existir o coquetel, é melhor prevenir do que ter a doença” explica.

Programa
O coordenador do Programa DST/AIDS conta que o programa é dividido em etapas. “Quem tiver interesse pode fazer o exame nos centros de testagem, que tem em qualquer unidade de saúde. A pessoa faz o exame e independentemente se deu positivo ou não, ela recebe orientações. O diagnosticado vai para o ambulatório e deixa de ser um paciente comum, passando a fazer o tratamento com o nosso acompanhamento” esclarece Daher.

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