Chapa para eleição da Mesa Diretora da Câmara de Anápolis está praticamente definida

plenario

FERNANDA MORAIS e MARCOS VIEIRA

No domingo, dia 1º de janeiro, na sessão solene de instalação da nova legislatura da Câmara Municipal, acontece também a eleição da nova Mesa Diretora para o biênio 2017-2018.

São seis cargos em disputa: presidente, vice e quatro secretários. De maneira simplificada, basta ao grupo interessado conquistar o voto de mais seis colegas: na soma, os 12 garantiriam a maioria diante de uma Câmara com 23 vereadores.

Mas na prática a eleição para a Mesa Diretora de um Legislativo é uma das mais complexas do sistema político brasileiro. Geralmente a disputa não leva em conta partido ou bancada, por exemplo. Quase sempre há traições, surgem acordos difíceis de explicar ao eleitor e o presidente nem sempre é aquele mais cotado nos bastidores.

No final de 2006, Gérson Santana foi o fiel da balança numa disputa acirrada. Na época a Câmara Municipal tinha 15 vereadores e estava rigorosamente dividida: sete para cada lado. Santana, então, com o apoio do então prefeito Pedro Sahium, levou seu voto para o lado vitorioso e garantiu a presidência.

Após a eleição de 2008, com Antônio Gomide (PT) eleito prefeito pela primeira vez, Sírio Miguel se sagrou presidente da Câmara, com a metade mais um dos votos (7 + 1). Para o biênio seguinte, Amilton Batista não teve concorrentes – só não conseguiu os 15 votos porque Assef Nabem não apareceu na sessão e Valmir Jacinto se absteve de votar para o cargo.

Em 2013, Luiz Lacerda (PT) foi candidato único. Foi a primeira disputa do Legislativo com o número ampliado de vereadores: 23 no total. Para o biênio 2015-2016, Lisieux Borges (PT) também foi candidato sem concorrentes, mas não teve uma eleição unânime: dos 23 vereadores, seis se abstiverem de votar no atual presidente.

Essas nuances mostram que mesmo quando se apresenta uma única chapa, a disputa de bastidores provoca fissuras.

Essa semana foi de reuniões e discussões entre os parlamentares eleitos. Ao que tudo indica, a eleição da Mesa Diretora deve acontecer com a formatação de uma única chapa.

E como já era esperado, desde o início das discussões sobre o assunto, o nome do vereador Amilton Filho (SD) deve ser confirmado para a presidência da Câmara Municipal.

A composição da chapa leva ainda o nome de Thaís Gomes (PSL) na vice-presidência e Leandro Ribeiro (PTB) seria o 1º secretário. Geli Sanches (PT), Pastor Elias (PSDB) e Fernando de Paiva (PTN) fechariam a composição na 2ª, 3ª, e 4ª secretarias, respectivamente.

A renovação política na Câmara Municipal fez diferença até na composição da possível Mesa Diretora que irá administrar a Casa nos próximos dois anos. Caso esses nomes sejam confirmados nas eleições internas do Legislativo, a gestão da Casa terá quatro vereadores novatos (Thaís, Leandro, Elias e Fernando) e apenas dois veteranos (Amilton e Geli).

Discussões
Antes de chegar ao possível consenso entre os componentes da chapa única, outros nomes foram ventilados para a função de presidente. É o caso do vereador Mauro Severiano (PSDB), que desde o início colocou seu nome na disputa. Essa semana também foi mencionado o nome da novata Elinner Rosa (PMDB) para o cargo.

Elinner Rosa justificou que não teria interesse em pleitear a função, mas que um grupo de pelo menos nove vereadores cogitou formar um grupo daqueles que representam apenas um partido na Casa para ter voz no Legislativo. A ideia não foi para frente e em entrevista concedida à Rádio Manchester, Elinner Rosa informou que o apoio desses vereadores será para Amilton Filho.

A eleição para Mesa Diretora da Câmara Municipal acontecerá no próximo domingo (1º) no Teatro Municipal de Anápolis, a partir das 9h, logo após a posse do prefeito, vice-prefeito e vereadores.

O próximo presidente da Câmara Municipal de Anápolis terá um orçamento em 2017 de R$ 28.534.943,96.

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