Prefeito Roberto confirma que não foi informado da transferência de presos

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LUANA CAVALCANTE
(Foto: Ismael Vieira)

Roberto_Naves_ColetivaO prefeito Roberto Naves (foto) concedeu entrevista na tarde desta sexta-feira (24/2) para falar sobre a transferência de 580 presos de Aparecida de Goiânia para o novo presídio de Anápolis, ainda não inaugurado. Ele ressaltou que não foi informado dessa decisão, recebeu apenas a notificação de que os detentos já estavam na cidade.

A situação repercutiu durante todo o dia na imprensa de Anápolis, já que a questão de segurança pública tem sido um dos principais desafios do governo estadual e municipal.

Antes da coletiva, Roberto se reuniu com representantes da sociedade organizada, como o presidente da OAB Anápolis, Ronivan Peixoto Júnior, o presidente da Acia, Anastacios Apostolos Dagios, o comandante da Base Aérea de Anápolis, tenente-coronel aviador Francisco Bento Antunes Neto, vereadores, empresários e representantes do Ministério Público e religiosos.

O prefeito disse que não tem nenhuma possibilidade de “devolver” os presos e não há previsão para eles irem embora. O que eles pedem é uma maior estrutura para lidar com a situação. “Pedimos mais efetivo para garantir o bem-estar das pessoas de bem da nossa cidade e mais viaturas”, falou.

Roberto informou que a resposta do governo estadual foi apenas três viaturas. “Foi passada para o governador toda a situação carcerária de Anápolis. A superlotação do presídio antigo e o sentimento de medo dos anapolinos”, reclamou.

O prefeito observou ainda que o Tribunal de Justiça autorizou o Governo de Goiás a realizar essa medida e que não tem como ele “discordar” ou “aceitar” a transferência dos presos. “O prefeito não tem condição de definir se vai transferir ou não e não tem essa informação”, lamentou.

O presidente da OAB Anápolis, Ronivan Peixoto Júnior, também participou da coletiva e comentou que uma comissão de advogados já esteve no presídio novo para verificar a situação e constatou que é um verdadeiro absurdo e desrespeito com a cidade.

Ronivan ressaltou que uma nota pública talvez não tenha o efeito que Anápolis precise agora. Por isso, será solicitada qual foi a competência judicial que permitiu essas ações e depois interpor uma medida judicial contra essa transferência de presos. A finalidade é obrigar o Estado a prestar esclarecimentos e buscar uma solução.

“Eles praticamente dobraram a população carcerária de Anápolis sem dar nenhuma estrutura suficiente. Essa responsabilidade e planejamento são do Estado”, disse o presidente da OAB.

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