“O PMDB municipal caminha na contramão do que acontece com o partido a nível nacional”

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FERNANDA MORAIS
(Foto: Ismael Vieira)

eli_rosaO ex-vereador Eli Rosa (foto), presidente do diretório municipal do PMDB, afirmou que a sigla “se mantém forte” em Anápolis e que as denúncias feitas na delação premiada da JBS, envolvendo recebimento de propina por parte do presidente Michel Temer (PMDB), não enfraqueceu o trabalho do partido na cidade.

“Pelo contrário. O PMDB municipal caminha na contramão do que acontece com o partido a nível nacional. Hoje, por exemplo, temos a vereadora Elinner Rosa na Câmara Municipal dando continuidade na nossa luta pela saúde pública. Claro que precisamos fazer o partido crescer e continuar colaborando com o desenvolvimento da nossa cidade”, disse o presidente.

Eli Rosa falou que o PMDB participa ativamente da política anapolina dando suporte ao prefeito Roberto Naves (PTB). “O Nelson Gomes, um dos fundadores do PMDB na cidade, hoje vice-presidente do partido, é assessor especial da Prefeitura e faz uma ponte importante entre o prefeito e os vereadores na Câmara. Ele participa de várias decisões que são tomadas entre os dois poderes”, afirmou.

O presidente contou que o partido também está se organizando para as eleições em 2018. Eli Rosa confirmou que tem como projeto político lançar sua candidatura para uma vaga na Assembleia Legislativa. Em relação ao cargo de governador de Goiás, o presidente do PMDB disse que, por enquanto, o partido ainda não definiu qual caminho seguirá. Sem citar nomes, o ex-vereador afirmou que “a legenda tem bons nomes para a majoritária, mas não existe nenhuma definição do comando regional do partido sobre candidatura própria ou apoio a outro futuro parceiro”, falou.

Nacional
Ainda em relação à polêmica nacional envolvendo o presidente Michel Temer com recebimento de propina de empresários, Eli Rosa acrescentou que quem sai vitorioso de todo esse processo investigativo é a população brasileira. “Sem isenção de culpa, mas a maioria dos grandes partidos tem representantes envolvidos em esquema de pagamento ou recebimento de propina. Essas investigações devem servir de lição tanto para essa quadrilha que se instalou no poder, mas também para o povo que escolhe os seus políticos”, afirmou.

Pré-candidato
O deputado estadual José Nelto (PMDB) se reuniu com Eli Rosa na manhã da última quarta-feira (24). O encontro, que aconteceu no Instituto Onco-Hematológico de Anápolis, teve como objetivo oficializar a pré-candidatura de Eli Rosa a uma vaga na Assembleia Legislativa.

“O Eli é um nome que orgulha o PMDB. Homem público, trabalhador e defensor da saúde não só em Anápolis, mas em todo Estado. Nada mais justo essa escolha. Eli Rosa tem prestígio em Anápolis. Prova disse é que ele elegeu sua filha, Elinner Rosa para Câmara Municipal. Vamos marcar uma agenda agora com diretório municipal do PMDB para definir as estratégias de campanha para 2018”, disse José Nelto.

Apesar de dizer que hoje “a oposição está unida para contestar os últimos 20 anos de governo do PSDB em Goiás”, José Nelto afirmou que, se necessário, o PMDB tem intenção de lançar candidatura própria ao Palácio das Esmeraldas. “Mesmo tendo sido citado na Operação Lava Jato, o deputado federal Daniel Vilela é o pré-candidato do PMDB. Ele tem até agosto para justificar essa situação, porque um partido não pode, e nem deve lançar um nome que não esteja limpo. Não basta ser honesto, tem que mostrar essa honestidade”, afirmou.

Caso Daniel Vilela não consiga viabilizar sua candidatura, José Nelto declarou que o PMDB também tem outros bons nomes, “Estou sempre pronto. Tenho mais de 34 anos de vida pública, se necessário me coloco à disposição porque não fujo das responsabilidades”, disse.

Em relação à política nacional, o deputado estadual afirmou que é a favor da renúncia do presidente Michel Temer (PMDB). “Para mim ele é corrupto e tinha rolo com a JBS. Como um presidente recebe um empresário no porão de sua casa. Estranho. Ele tem que renunciar”, concluiu o deputado.

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