Entidades de Anápolis recebem alimentos arrecadados de participantes de corrida

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DA REDAÇÃO

São exatos 7.088 quilos de alimentos. Cada unidade foi recebida das mãos de atletas amadores e profissionais que participaram das três primeiras etapas dos circuitos de ruas de Anápolis deste ano. Essa contrapartida, que em nada pesa no bolso da maioria, enche as despensas e o sorriso de pessoas acolhidas em 14 instituições beneficentes espalhadas pelo município. É quando o suor se transforma em gratidão.

Essas instituições beneficentes são conveniadas com a Prefeitura de Anápolis, mas também tocam seus projetos dependendo de doações e da presença de voluntários. Por isso, essa ação conjunta entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho, Emprego e Renda e a Secretaria de Esportes dá um gás a mais para que cada representante corra atrás de outros produtos – já que arroz, feijão, óleo e açúcar correspondem a 94,7% das doações dos atletas.

A Casa Amparo, localizada na Cidade Universitária, há três anos acolhe pacientes que estão em tratamento de câncer. “Muitos vêm para fazer o tratamento e, enquanto esperam o transporte, passam o dia aqui”, diz Ana Adorno. Por isso, nem sempre a conta fecha. São 20 moradores, mas, em média, outras 10 pessoas passam o dia no local. São pacientes de cidades como Niquelândia, Porangatu, Uruaçu, Santa Teresa e Pilar de Goiás, por exemplo. “Mas já aconteceu de oferecermos almoço para 20 pessoas a mais”, conta Ana.

Por isso, explica, receber essas doações oriundas dos participantes das corridas, geram tranquilidade. “Você tendo o básico, fica mais fácil de correr atrás do resto”, afirma. Desde o início dessa ação, a instituição já recebeu 330 quilos de alimentos, além de unidades de óleo de soja, farinha e pacotes de macarrão. Na prática, de acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Nair Moura, é feito um levantamento prévio para detectar o grau de necessidade de cada instituição.

Segundo o presidente fundador da Casa de Recuperação Novo Nascimento, José Oscar da Silva, a casa recebeu alimentos em duas etapas da corrida. “Em cada uma delas, garantimos 15 dias de alimentos como arroz e feijão”, afirma.

O que é um alento para os dias mais difíceis. A Casa de Recuperação Novo Nascimento chegou a acolher até 26 pessoas, hoje são 13 pessoas. Num terreno fértil, José Oscar explica que os produtos são bem-vindos já que possuem horta e pomar que ajudam a complementar a alimentação de pessoas que estavam em situação de rua e dependentes químicos.

Se por um lado essas ações contribuem para uma qualidade de vida melhor para essas pessoas, traz satisfação para quem ajuda. A atleta, Fernanda Caetano, diz que correr ficou mais prazeroso. “A ideia é fantástica e fica mais satisfatório participar das edições. Sempre existem pessoas necessitadas e um quilo de alimento não pesa no bolso de ninguém”, afirma.

A próxima etapa da corrida de rua vem como uma novidade. Marcada para o mês de junho, o participante na hora de pegar o chip, poderá doar, além de um quilo de alimento, agasalho ou cobertor, para auxiliar na Campanha do Agasalho 2017.

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