PM pede mais atenção com a segurança da casa nas férias

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Período de férias exige cuidados de segurança com a residência. Confira dicas do comandante do 28º BPM

ANA CLARA ITAGIBA

Durante as férias escolares muitas famílias aproveitam para viajar e descansar. Mas o que é uma oportunidade para deixar de lado as preocupações do dia a dia, pode se tornar uma dor de cabeça assim que o passeio acaba. É exatamente durante o período de férias, quando os imóveis estão vazios, que os criminosos aproveitam para agir com mais liberdade. Só em Anápolis, no mês de julho de 2016, foram registrados 120 furtos e 14 roubos a residências.

A reportagem do JE conversou com o comandante do 28º Batalhão da Polícia Militar (28º BPM), major Rodrigo Bispo, para saber o que pode ser feito para manter a segurança da casa enquanto a família estiver ausente.

A primeira medida a ser tomada é pedir para um vizinho de confiança cuidar da casa. A pessoa que ficará responsável por isso deve retirar o lixo da porta da residência, tirar correspondências da caixa do correio, acender e apagar as luzes e se possível, até guardar o seu próprio carro dentro da garagem do vizinho que está viajando. A dica para quem mora em casa com muro de grade é pedir para que alguém lave a garagem para não ficar evidente que não há movimentação no local. “A entrada de uma casa suja e correspondência acumulada são sinais de que a casa está vazia”, explicou o major Bispo.

Segundo ele, os marginais fazem um mapeamento, através de uma observação constante da vizinhança. “Antigamente as pessoas diziam para deixar a luz acesa, mas o marginal também observa isso. Se ele passar durante o dia e ver que a luz está acesa, vai saber que a casa está vazia e com certeza vai achar um meio de entrar naquela residência e praticar o furto”, salientou.

O major Bispo também explicou como as pessoas devem agir para evitar roubos a residências. O conselho é sempre estar atento antes de entrar em casa. “Se eu estou chegando em casa e vejo dois elementos andando em uma moto ou parados na esquina próxima, eu não posso parar. Eu tenho que dar uma volta e não vou entrar até esses indivíduos irem embora”, orientou o PM, que afirmou que os criminosos se colocam em uma posição de fragilidade fingindo que o carro está estragado e aproveitam o momento para invadir a residência e fazer a família de refém.

Números
No primeiro semestre de 2017, os casos de roubos a residências na região norte de Anápolis diminuíram 23,08%, sendo que na região sul também houve uma queda de 8%. De acordo com o comandante do 28º BPM, a redução dos casos foi em decorrência de um trabalho da Polícia Militar juntamente com a Polícia Civil, que trocam informações, com o objetivo de justamente tentar reduzir os índices.

A Polícia Militar ainda programou atividades de policiamento ostensivo e preventivo nas regiões onde os números de furtos e roubos foram maiores. O comandante explicou que nas regiões onde há maior fluxo de pessoas e muitos comércios, a polícia precisa ser mais visual, ou seja, para que os bandidos se sintam coibidos de praticar algum delito, eles precisam ver a polícia. Dessa forma, a ferramenta é fazer uma ronda mais visual.

Nas regiões residenciais é diferente. Quando um bandido pretende entrar em uma casa para cometer o furto ou o roubo, basta ouvir a sirene da viatura para saber que há presença policial por perto.

Além disso, trabalham com a equipe de inteligência, fazendo patrulhas nas ruas. “Nós observamos elementos que ficam parados dentro de carros e quando eles sentem a presença policial, eles fogem ou saem, mas quando tem a viatura de inteligência passando, permanecem. A viatura de inteligência repassa as informações para outra equipe que depois vai fazer a abordagem”, afirmou.

De acordo com o oficial, em diversas vezes foram abordados elementos com ferramentas próprias para arrombamento de casas, como lixa, alicates para corte de cerca elétrica e de cadeados. “Já abordamos elementos que estavam com um cadeado cortado, e ele ainda disse que tinha acabado de arrombar uma casa. Ele mostrou que casa era e quais eram os pertences roubados. Depois foi conduzido e atuado em flagrante”, lembrou.

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