Anápolis tem 437 empresas registradas no 1º semestre, aponta Juceg

Vander Lúcio (1)

Apesar de expressivo, total é menor do que o mesmo período do ano passado; notícia positiva é que extinções foram menores

FERNANDA MORAIS
(Foto: Ismael Vieira)

De acordo com dados divulgados pela Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg), órgão vinculado à Secretaria Estadual de Indústria e Comércio, do dia 1º de janeiro ao dia 31 de junho de 2017, foram registradas 437 novas empresas em Anápolis, 67 a menos que o contabilizado durante o mesmo período de 2016 quando foram abertas 504 novas empresas.

Por outro lado, dados da Juceg mostram que menos empresas foram fechadas na cidade também no comparativo entre os seis primeiros meses de 2017 e de 2016. Os indicadores do órgão mostram quem foram 269 extinções do tipo, registradas de janeiro a junho deste ano, sete a menos que no ano passado com o fechamento de 277 empresas.

Vander Lúcio (1)O secretário de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Turismo da Prefeitura de Anápolis, Vander Lúcio Barbosa (foto), faz uma análise positiva desses números. Segundo ele, a cidade se mantém ativa economicamente mesmo diante de um cenário de instabilidade política e, consequentemente, financeira vivida em todo Brasil.

“É importante sim a abertura de novas empresas, mas também é preciso que o empresário mantenha o seu negócio funcionando. Em outros municípios, a redução de novos negócios é maior. Mas considero que essa conta é o reflexo de um País que vive um momento de desarranjo político acompanhado por uma crise financeira em todos os setores da economia”, avaliou Vander Lúcio.

O secretário reforçou que mesmo diante da questão de insegurança em relação ao Governo Federal, o que tem atrapalhado novos investimentos no Brasil, nos últimos dois meses ele percebeu melhores perspectivas de trabalho e de negócios por parte dos empresários anapolinos. “Digo isso pelas frequentes conversas realizadas durante as reuniões na Associação Comercial e Industrial de Anápolis e na Câmara dos Dirigentes Lojistas”, contou.

Ainda diante do cenário de crise, Vander Lúcio Barbosa disse que a cidade continua sendo atrativa, pois tem uma administração voltada também para o setor de negócios. “Desde quando o prefeito assumiu mandato ele tem trabalhado para ampliação do Daia. Temos essa missão na Secretaria de Desenvolvimento Econômico e com previsão de tornar essa ideia realidade em breve”, comentou Vander Lúcio.

De acordo com o secretário, o Município vai conseguir, junto ao Governo do Estado, expandir o Daia com a possibilidade de ocupar parte da área destinada para a Plataforma Logística Multimodal. “Todo esse processo ainda depende de trâmites burocráticos, com isso encerraria o problema de falta de áreas no Daia, tornado a cidade ainda mais atrativa para novos empreendedores”, mostrou.

Ainda vislumbrando um cenário de melhora econômica e de chegada de novas empresas na cidade, Vander Lúcio informou que o município deve receber, em breve, investimentos da FMD, fábrica de tratores. “Estamos viabilizando ainda a instalação da BioScie, que é uma indústria fornecedora de insumos e produtos químicos para o polo farmacêutico, além da expectativa de fechar negócio com o Grupo Meinberg que tem interesse em montar uma fábrica de chocolate no município”, concluiu.

Crescimento em Goiás foi de 4,9%

A abertura de empresas no primeiro semestre deste ano em Goiás foi 4,9% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. A Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) somou 9.712 novas inscrições, contra 9.257 no mesmo período de 2016.

O saldo médio mensal de registros no primeiro semestre foi de 1.666 novas firmas. Por dia, a média é de 54. Ou seja: 2 empresas foram criadas a cada hora, de janeiro a junho deste ano em Goiás.

O presidente da Juceg, Rafael Lousa, avalia que este desempenho é motivador e revela o dinamismo da economia de Goiás, mesmo diante do cenário de retração econômica vivenciado no País neste período, e demonstra o acerto das políticas públicas implantadas pelo governo estadual.

“Goiás está à frente neste cenário de crise. Esse aumento no número de registro de empresas está diretamente em sintonia com o lugar que o Estado ocupa no ranking de geração de empregos”, afirma.

Ele destaca ainda a importância para este processo do Portal do Empreendedor Goiano, sistema lançado pela Juceg há 2 meses, que passou a ser de uso exclusivo no último mês, e que permite o registro de atividades mercantis de forma 100 % online, garantindo facilidade na abertura de novos negócios.

“Pelo Portal foram tramitados mais de 13 mil processos, com redução no tempo médio de entrega final de 7 para 3 dias, independente do tipo jurídico ou lugar de protocolo no Estado. Buscamos melhorar nossos serviços constantemente”, afirma.

Distribuição
Goiânia lidera o ranking de registros com 3.488 novas empresas constituídas, seguida por Aparecida de Goiânia com 505 e em terceiro lugar Anápolis, com 437 novos registros.

O comércio varejista de roupas e acessórios está no topo da lista de atividade econômica que mais foi aberta neste semestre, acompanhado por novas empresas da construção civil, com 260 aberturas cada. Em terceiro lugar está a atividade de restaurantes e similares, com 257 novos registros.

Na divisão por gênero, os homens representaram 71% dos empresários que abriram o novo negócio e as mulheres 29%. O número revela o avanço porcentual no número de empreendedoras. A média dos outros semestres era de 22%.

O número de baixas empresariais, por sua vez, foi de 5.812. Houve também um incremento de 8% (em 2016, foi de 5.349). Isso decorre do programa implementado pela Juceg de celeridade também na baixa de empresas. “Muitos estão aproveitando a facilidade para resolver antigas pendências e liberar o nome para novos negócios”.

Busca
A busca pela melhoria na qualidade dos serviços, que facilitem o registro mercantil, é uma meta que integra o planejamento estratégico da autarquia. Na última semana, a Juceg foi o único órgão público em Goiás a receber o Prêmio da Excelência em Gestão de Goiás (PEGG), concedido pelo Movimento Goiás Competitivo (MGC).

A premiação foi na categoria Compromisso com a Excelência e conferiu à Juceg o reconhecimento pelas práticas inovadoras e de destaque na execução e oferta de seus serviços, no ciclo 2017.

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