Editorial Edição 651 | Mobilidade urbana

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A retirada dos tapumes que cercavam a obra do viaduto da Avenida Brasil, que passará por cima da Rua Barão do Rio Branco e Avenida Goiás, em um dos principais cruzamentos, revela uma estrutura que enche aos olhos de quem passa pela grandeza inédita em termos de estruturas públicas na cidade.

Alvo de críticas na campanha eleitoral, sobretudo pelo pensamento de que o projeto implicaria tão somente em endividamento da prefeitura, o elevado é um passo importante para um projeto de mobilidade urbana que precisa ter continuidade. É necessário louvar aqui, quando a obra está bem encaminhada, a hombridade dessa atual gestão, que assumiu a administração e rapidamente destravou problemas que para o mandatário anterior pareciam insolúveis – é o caso das adutoras da Saneago. Pintava-se um quadro de horrores diante da mudança das tubulações de água, sobretudo no que diz respeito ao trânsito da região, mas agora, passada a pior fase, vê-se que todos “sobreviveram” ao período.

O pacote de mobilidade urbana, proposto e iniciado no mandato anterior, será algo transformador para Anápolis à medida que dá início à valorização do transporte coletivo como alternativa para desafogar o trânsito dos sempre presentes e egoístas veículos de passeio. Caberá à concessionária dos ônibus fazer sua parte e oferecer ao cidadão um serviço de qualidade, que seria basicamente veículos limpos e pontuais – em quantidade que não transforme seus passageiros em sardinha em lata – e que cubram toda a cidade.

O próximo passo é a conclusão do viaduto da Avenida Brasil com a Rua Amazílio Lino de Souza. Depois, e ao que parece mais complexo, será um elevado em rotatória também na Brasil, próxima à Caixa Econômica Federal, no final da Avenida Miguel João.

A construção dos corredores preferenciais também deve elevar o tempo médio da corrida dos ônibus em pontos estratégicos da cidade, tornando linhas importantes mais atrativas.

A expectativa é que novas soluções sejam criadas também para a região central da cidade. Alguns afirmam que um passo importante seria a ampliação da proibição de estacionamento em ruas estreitas e movimentadas. Essa é uma discussão polêmica, pois comerciantes reclamam dessa estratégia, mas que precisa ser feita. Em pontos com grande concentração de lojas, o interessante talvez seria dar mais espaço aos pedestres. Com a palavra, os especialistas.

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