Família tenta juntar dinheiro através de doações para tratar jovem na Tailândia
LUANA CAVALCANTE
Lucas Chaud Costa, de 20 anos, ficou tetraplégico durante as comemorações do seu aniversário de 18 anos. Em uma chácara próxima a Anápolis, ele foi dar um pulo na piscina e ficou com medo de bater a cabeça no fundo. Ao levantar o pescoço muito rápido acabou sofrendo a lesão.
Mesmo o pai o levando com urgência para o Hospital Evangélico Goiano, a fratura na c5 fez com que ele perdesse os movimentos do pescoço para baixo. A fatalidade aconteceu em 2015. Desde então a família tem buscado tratamentos que possam melhorar a vida de Lucas.
A amiga da família Shayenne Candatten conheceu a história de Lucas quando ainda estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ela relata que o pai de Lucas, Wesley Costa, o colocou no carro e saiu correndo para o hospital porque na chácara não havia sinal de celular. Lucas ficou internado por 46 dias, 13 deles na UTI.
A família ainda tentou um tratamento no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia. O jovem fez fisioterapia domiciliar com a equipe da Faculdade Anhanguera, em Anápolis. Mesmo assim, os médicos no Brasil disseram que ele não deixará de ser tetraplégico.
“Então começamos a corrida contra o tempo para encontrar um tratamento para que ele voltasse a ter os movimentos perdidos”, contou o pai de Lucas. Nessa jornada, foi encontrado um garoto que buscou uma alternativa na Tailândia. O tratamento no país asiático voltou a dar esperança a Lucas e sua família.
O tratamento na Tailândia, segundo os familiares do jovem, consiste em implantação de células-tronco e estimulação epidural. Esse estimulador é uma espécie de um marca-passo que colocado na lesão irá criar uma ponte fazendo com que seja enviado novamente os comandos para o corpo.
Com base em outros quadros clínicos semelhantes ao do Lucas que fizeram este mesmo tratamento, foi dada a confirmação à família de que ele pode voltar a ter os movimentos dos braços e das pernas com ajuda do andador.
Familiares e amigos se unem para conseguir o valor de cerca de R$ 300 mil para que o Lucas fique os 40 dias na Tailândia. “Acredito que colocando Deus em primeiro lugar, tudo dará certo. Se Deus permitiu que o Lucas ficasse aqui com a gente não será como ele está hoje, por isso, creio que ele vai ser curado”, falou a mãe do garoto Luciana Santos Chaud Costa.
Mobilização
A mobilização nas redes sociais e de parceiros para conseguir os recursos para tratamentos médicos se tornou mais frequente. No caso de Lucas, além das redes sociais, pessoas sensibilizadas com a causa afirmam que irão realizar eventos para que ele possa fazer o tratamento na Tailândia.
Outro caso que tem mobilização na internet é o de Juliana Dias, 31 anos, que descobriu ser portadora de uma doença degenerativa. O objetivo é juntar R$ 80 mil para um projeto de pesquisa realizado nos EUA, em Houston, onde são feitos estudos para cura de doenças mitocondriais.
Todas essas mobilizações contam com a caridade da sociedade que possam acreditar na causa e ajudar essas famílias.