Fiscais do Inmetro recebiam propina para ignorar fiscalização em postos de combustíveis

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LUANA CAVALCANTE

A Polícia Federal deflagrou a Operação “Pesos e Medidas” na manhã desta terça-feira (17.out.17) e em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) cumpriu 10 mandados de prisão em Goiânia, Anápolis, Luziânia e Brasília. A operação é para combater crimes de corrupção dentro do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Goiás.

As investigações começaram em 2015 em Anápolis. Durante a apuração foi constatado que fiscais do Inmetro recebiam propina de empresários durante a fiscalização em postos de combustíveis no Estado.

O chefe da Polícia Federal em Anápolis, o delegado Antônio José dos Santos, informou que entre os presos estão sete fiscais do Inmetro e três donos de postos de combustíveis.

Um dos empresários, apontado pela Polícia Federal como chefe do esquema, era ex-fiscal do órgão.

Segundo a PF, a investigação constatou que além de receber propina para fazer vistas grossas, os fiscais do Inmetro faziam vistorias em alguns estabelecimentos a mando de participantes do esquema para impor dificuldades aos concorrentes.

Em nota, o superintendente regional do Inmetro em Goiás, André Abrão, informou que o instituto também vai apurar denúncias. Informou ainda que os fiscais envolvidos nas investigações trabalham no órgão há mais de 20 anos e que eles foram afastados do trabalho de fiscalização na rua e vão exercer apenas atividades administrativas enquanto durar a apuração.

Os investigados foram indiciados e responderão pela prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e alinhamento de preços. As penas podem chegar a 12 anos de reclusão. Eles foram encaminhados à Superintendência da PF em Goiás e, de lá, foram encaminhados para o sistema penitenciário, onde ficarão à disposição da Justiça Federal.

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