Pastoral Carcerária critica duramente sistema prisional goiano
Nota assinada pela Pastoral Carcerária Nacional e pela Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Goiás, intitulada “A história tristemente se repete”, relata as rebeliões nas cadeias do Estado e critica duramente o poder público. Leia alguns trechos:
“O que ocorre no início de 2018 não é mera coincidência. As medidas adotadas pelo poder público para ‘resolver a crise’ do sistema carcerário após os massacres do ano passado foram no sentido de aumentar a repressão e o encarceramento, com propostas como a construção de novas unidades prisionais. Em nota escrita após os massacres de 2017, a Pastoral Carcerária Nacional já avaliava que essas medidas não iriam resolver nada; pelo contrário, iriam aprofundar a violência nas prisões”.
“As rebeliões ocorridas no dia 1º de 2018 mostram, novamente, que o sistema carcerário não está em crise. Ele cumpre a sua função perfeitamente: torturar e matar a população que está atrás das grades, em sua maioria pobre e negra. Violações de direitos, superlotação, condições subumanas, tortura e mortes fazem parte do cotidiano do sistema carcerário brasileiro”.
“As unidades prisionais com as quais nos deparamos, o Complexo de Aparecida incluso, têm condições deploráveis: pessoas amontoadas em celas superlotadas, vivendo de forma sub-humana, com seus direitos básicos desrespeitados, sofrendo tortura institucional em diversos aspectos”.