Mais agentes para minimizar crise carcerária em Anápolis

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Após conturbações no sistema penitenciário, agravadas pelos assassinatos de dois agentes carcerários, o efetivo é aumentado

ANA CLARA ITAGIBA

Dois agentes penitenciários foram assassinados há duas semanas em Anápolis. Eduardo Barbosa e Ednaldo Monteiro foram mortos a tiros em pontos diferentes do município. Os dois homicídios aconteceram apenas dois dias depois do início da rebelião na Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, onde nove detentos morreram e 14 ficaram feridos. São mais de 800 presos na cadeia anapolina que deveria abrigar 300 pessoas. Para monitorar toda população carcerária, eram cem agentes prisionais, mas apenas 11 trabalhavam por dia. Após muitas reivindicações de profissionais de todos estados, o efetivo foi aumentado para 16 por plantão. A reportagem do JE conversou com o presidente do Sinsep, Maxuell Miranda, por telefone na última sexta-feira (12), para saber o que já foi feito.

Há número suficiente de profissionais em Anápolis? Com a criação da nova diretoria geral, aumentou muito o número de agentes. Está com um número substancialmente para suprir o número de servidores. Consideramos um efetivo bom.

Quais são as condições de segurança dos profissionais hoje? Recentemente solicitamos ao diretor geral que fosse aumentado o número de armamentos e munições reservas também. Foi aumentado. Nesse momento, as condições de trabalho e segurança estão apropriadas.

Outros apelos chegam ao sindicato? É exatamente aumentar o número de efetivo e melhorar as condições de armamento. São as solicitações que mais chegam ao Sindicato através dos servidores.

Quantos agentes atuam em Anápolis? Até pouco tempo haviam 11 agentes de plantão. Hoje já estamos com 16 servidores.

E 16 agentes é o suficiente para a quantidade de detentos que são abrigados aqui? Não é o ideal. Mas no momento está dando para suprir a necessidade dos servidores. O ideal mesmo é aumentar para 20 ou 25 agentes por plantão.

Além disso, qual seria o ideal de condições de trabalho desses profissionais? Precisamos que haja valorização dos contratados, pois eles ganham apenas R$ 1.500. Acredito que essa valorização é fundamental. Inclusive agora, vai entrar R$ 1.600 e os que estavam de contrato vencido vão continuar trabalhando para que não haja o déficit que já estava acontecendo no número de plantonistas.

Com essa crise penitenciária que está acontecendo, os profissionais de Anápolis estão sobrecarregados? No momento não. O número de agentes é suficiente para levar o plantão na unidade de Anápolis. Antes dos problemas que tiveram em Anápolis, o número de agentes era muito baixo, mas como aumentou o número de agentes, também aumentaram as munições. Agora está melhor. Caso ocorra uma crise, eles estão mais preparados.

São quantos agentes por plantão? A média é de 16 a 18 agentes por plantão. Antes eram 12.

Que tipo de suporte o Sinsep dá para esses profissionais? O Sindicato ouve todos os servidores. As informações chegam aqui e nós procuramos acatar. Inclusive, o que rodou por toda imprensa goiana, que foi o pedido de socorro para aumentar o número de agentes e armamentos na unidade de Anápolis. Foi para o sindicato e fomos ao diretor geral levar esses anseios dos plantonistas e foi prontamente atendido pelo coronel que acabou de assumir o cargo na última segunda-feira.

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