Vice-prefeito Márcio Cândido pode fazer parte de chapa majoritária
FERNANDA MORAIS
(Foto: Ismael Vieira)
O vice-prefeito Márcio Cândido (foto), do PSD, até então cotado para ser candidato a deputado estadual, se desincompatibilizou da Secretaria Municipal de Governo e Recursos Humanos da gestão de Roberto Naves (PTB), e admitiu que poderá participar das eleições de outubro desse ano fazendo parte de uma composição para majoritária. Apesar de seu partido estar na base do governador Marconi Perillo (PSDB), Márcio Cândido não confirmou que a possibilidade é entrar no pleito de 2018 ao lado de José Eliton (PSDB). Caso seus planos se concretizem, sua estratégia pode até afundar os planos de Vilmar Rocha, presidente estadual do PSD que tem o objetivo de lançar sua candidatura ao Senado Federal. Confira a entrevista que foi concedida ao repórter Lucivan Machado, da Rádio Manchester, onde Márcio Cândido falou sobre o assunto.
O que significa essa sua saída da Secretaria de Governo e Recursos Humanos, vice-prefeito?
É notório, as pessoas já tem conhecimento e estão me cobrando isso desde o início do mandato Roberto Naves. Existem determinadas forças que me acompanham, que estão comigo sempre, e me incentivam a uma candidatura a um dos cargos disponíveis nas eleições de 2018. Considerando que, embora eu ainda não tenha tomado essa decisão de forma clara e objetiva, até porque depende das convenções partidárias, dos posicionamentos dos partidos, nós recebemos agora uma visita do nosso presidente estadual, Vilmar Rocha e ele ponderou muito a possibilidade de uma candidatura nessas eleições.
Seria para deputado estadual?
No entendimento do Vilmar seria a deputado estadual, mas têm-se convites para deputado federal. Surgiu agora dentro da mídia estadual, dos analistas políticos em Goiás, que fazem suas análises em jornais impressos, sites de notícias e até mesmo nos veículos de comunicação aqui de Anápolis, uma possível disponibilidade de candidatura a vice em uma das chapas de governador.
Tem algo nesse sentido? Essa conversa já foi feita com alguma liderança em nível de Estado?
Teve sim. A política estadual passa por Anápolis. Não é possível se desenvolver uma política estadual, não é possível você eleger um deputado federal, um senador da república ou um governador sem passar por Anápolis, As forças políticas anapolinas tem buscado, tem pleiteado e tem feito de uma forma muito intensa, a apresentação de nomes da cidade de Anápolis para ocupar a vice de um dos candidatos a governador que nós temos. E um dos nomes entre esses, já foi sugerido que o meu o nome tem essa possibilidade, que tem condições. É claro que eu, enquanto vice-prefeito de Anápolis, deixei claro em outros momentos que minha intenção era servir a cidade como vice, que é para isso que fui eleito ao lado do prefeito Roberto Naves. Mas claro que se minha cidade exigir, se as lideranças políticas da minha cidade entender, compreender que é necessário que eu vá para outra posição política, eu tenho que estar pronto para isso. E para isso acontecer, eu tenho que me descompatibilizar.
Vice de um dos candidatos? Então não seria apenas de José Eliton?
Olha as composições partidárias estão ainda em conversa, o jogo está acontecendo, é jogado. As peças estão no tabuleiro. Então nesse exato momento hoje, tanto o PTB que é o partido do prefeito Roberto Naves, quanto o PSD que é o meu partido, estão na base do governador Marconi Perillo, estão na base governista, nós somos governo até 31 de dezembro desse ano. Agora as composições acontecem. Todos sabem da simpatia, do entendimento que o segmento evangélico tem com o senador Ronaldo Caiado, e nós temos outros nomes com possibilidade de sair para governador. Então dentro desse tabuleiro, claro que hoje, nesse momento, por estar na base governista, seja pelo PTB ou pelo PSD, existe uma possibilidade de isso acontecer. Claro que pode não ser o meu nome, foi ventilado. Se alguém me perguntar o que acho disso, poxa, um menino que esses dias era office boy de empresas aqui em Anápolis, tornou-se vice-prefeito e tem o nome cotado pelas principais legendas do Estado a uma candidatura tanto a federal quanto para estadual, isso te deixa de certa forma envaidecido, engrandecido. E a gente se sente feliz de saber que seu nome foi postulando entre tantos nomes importantes e pessoas experientes na política como temos em Anápolis.
Com quem o senhor já conversou sobre isso? Ou nesse momento ainda não pode dizer?
A prudência às vezes determina esperar o momento para dizer. Vamos deixar acontecer primeiro.
Caso tenha indicação para ser candidato a ser vice-governador, o senhor teria o apoio do presidente do partido? Eu pergunto porque Vilmar Rocha tem a pretensão de ser candidato ao Senado, ou seja, majoritária. O senhor sendo candidato a vice também na majoritária, dificultaria a candidatura do seu presidente ao Senado.
O presidente Vilmar Rocha, o professor Vilmar Rocha, o qual tenho um carinho e um respeito muito grande porque foi através dele que consegui pleitear a vice do prefeito Roberto Naves, tem os seus objetivos políticos dele. No momento, a intenção e a ideia do partido é que eu venha ser candidato a deputado estadual. Agora vindo outro convite dessa altura, seria uma nova situação para sentar e conversar, para poder ver a melhor situação para o partido. E tudo isso passa por ele. As decisões do presidente, de todo o nosso grupo tem que ser ouvida e respeitada. Nesse momento agora o Vilmar entende que eu deva ser candidato a deputado estadual. Agora se o partido tem condições de ter um candidato a vice porque não pensar nisso. O Vilmar, pela sua experiência política, por tudo que ele representa no cenário goiano, não só como político, mas como formador de opinião, como professor, como presidente de partido, é sim importante a sua opinião que pesa muito. Mas agora dentro da composição dessa estrutura, tudo deve ser avaliado com calma e tranqüilidade. E volto a repetir, mesmo que eu não seja escolhido para uma dessas chapas, eu compreendo e entendo que as eleições em Goiás passa por Anápolis.