Por favor, lavem as mãos | Editorial Edição 683

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Já são três casos de mortes por H1N1 em Goiás neste ano. O boletim mais recente da Secretaria de Estado da Saúde registra 50 casos de Influenza, sendo 44 diagnósticos de H1N1, cinco por H3N2 e um de Influenza B. O documento informa ainda a ocorrência de 235 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag), que podem ter várias causas, entre elas as gripes.

Enquanto a campanha de vacinação não tem início, é importante alguns cuidados básicos para evitar a proliferação da doença. Esse, inclusive, deve ser o foco do poder público: orientar as pessoas quanto à necessidade de, essencialmente, lavar as mãos. Isso porque a forma mais comum de transmissão da H1N1 é a transmissão direta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas de saliva, expelidas ao falar, ao tossir e espirrar. Outra forma é pelo contato (indireto), por meio das secreções de pessoas doentes. Nesses casos, a mão é o principal veículo transmissor do vírus, ao favorecer a introdução de partículas virais diretamente na boca, olhos e nariz.

Quando a vacinação for iniciada, poderão ser imunizados bebês a partir de seis meses de idade. A vacina é contraindicada apenas para aqueles que têm alergia a ovo. Os grupos prioritários escolhidos pelo governo são grávidas em qualquer período da gestação, crianças entre seis meses e cinco anos e idosos acima de 65 anos. Também têm recomendação de vacinação portadores do vírus HIV, com problemas cardíacos, diabéticos, com insuficiência renal e doenças respiratórias crônicas.

Lavar as mãos, várias vezes ao dia, principalmente antes de consumir algum alimento é, portanto, fundamental. Há outras recomendações fundamentais: evitar aglomerações e ambientes fechados; manter os ambientes bem ventilados; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca com lenço de papel quando espirrar ou tossir; etc.

Em Goiás, algumas ações já foram tomadas pelo poder público. Uma delas é a reserva de 30 leitos de hospital para casos graves das influenzas. De acordo com a gerente da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Magna Maria de Carvalho, só na última semana foram registrados 14 casos graves de influenza A. A notificação da doença não é compulsória desde 2012 e, por isso, não são compiladas todas as ocorrências.

Entre as decisões do poder público de atendimento dos casos e as medidas que cada um pode tomar por conta própria, a meta é sobreviver a mais um outono sob o risco do H1N1. Depois disso, vem a dengue.

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