Mercado de trabalho garante 1.227 novas vagas no 1º trimestre

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Saldo é altamente positivo, considerando que o ano todo de 2017 teve 1.677 vagas criadas

MARCOS VIEIRA

O mercado de trabalho de Anápolis fechou o primeiro trimestre de 2018 com a criação de 1.227 novas vagas. Segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego, entre janeiro e março foram 9.835 admitidos e 8.608 demitidos na cidade.

É um número considerável e animador, sobretudo quando se leva em conta que no ano todo de 2017 foram abertas 1.677 novas vagas de trabalho com carteira assinada em Anápolis. O ano passado representou o fim de um período de perdas. Nos doze meses de 2016, o mercado teve o fechamento de 2.828 vagas de emprego.

A indústria de transformação é a responsável pelo maior saldo nos três primeiros meses deste ano: 867 novos postos de trabalho foram criados no período. A rotatividade no setor é considerável, já que foram 2.843 admitidos e 1.976 demitidos.

O setor de serviços conseguiu abrir 417 postos com carteira assinada no primeiro trimestre do ano. Houve ainda registros irrisórios em duas outras áreas da economia: 12 vagas criadas na construção civil – 960 admissões 948 demissões – e outras oito na agropecuária.

O setor de serviços industriais de utilidade pública registrou o fechamento de 14 postos de trabalho entre janeiro e março. O comércio teve perda de 62 vagas: foram 2.369 admissões ante 2.431 demissões. Já a administração pública contratou três e demitiu quatro, com saldo negativo de uma vaga.

Ocupações
Segundo o Caged, a ocupação com maior saldo de vagas criadas em Anápolis nos três primeiros meses do ano é alimentador de linha de produção: foram 250 novos admitidos. Auxiliar de produção farmacêutica vem na sequência, com 132 vagas abertas no período.

O trimestre também representou a criação de 126 vagas de faxineiros na economia anapolina. Já a profissão de moleiros de cereais (exceto arroz), somou 90 novos postos de trabalho no mesmo período. Outras 85 vagas foram abertas para lagareiro, que é o profissional que trabalha na indústria alimentícia.

As profissões com piores desempenhos estão ligadas ao comércio e à construção civil, que foram setores que apresentaram saldo desanimador nos três primeiros meses de 2018. Servente de obras, por exemplo, teve 44 postos de trabalho fechados no período.

O Caged mostra ainda que foram perdidas outras 43 vagas de vendedor de comércio varejista. Também foram fechadas 41 vagas de pedreiro e 37 de operador de caixa.

O fim do Campeonato Goiano de Futebol também representou baixas em carteiras dos times da cidade. Foram 27 postos de trabalho fechados de atleta profissional de futebol – em três meses, foram 26 admissões e 53 demissões.

Salários
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra que o maior salário médio de admissão em Anápolis neste ano está na indústria de transformação: R$ 1.627,72. Já a administração pública paga o mais baixo: R$ 954,00 de média.

O alimentador de linha de produção ganha uma média de R$ 1.129,52 em Anápolis, enquanto o auxiliar de produção farmacêutica tem salário inicial de R$ 1.136,32. Já um pedreiro recebe R$ 1.501,82 e um operador de caixa tem vencimento inicial de R$ 1.112,65.

Março
Os dados do Caged de março mostram que a indústria de transformação garantiu a abertura de 241 novos postos de serviço, com destaques para as funções de alimentador de linha de produção (75) e auxiliar de produção farmacêutica (65).

Os setores de serviços e construção civil também apresentaram saldos positivos, com a abertura de 102 e 62 novas vagas, respectivamente. No balanço total de geração de empregos em março, Anápolis abriu 414 novas vagas, com 3.331 contratações e 2.917 demissões.

Anápolis ficou em terceiro lugar no ranking do Estado, atrás de Cristalina, que gerou 1.046 novas vagas, e de Goiânia, que teve o resultado positivo de 904 vagas. Aparecida de Goiânia apresentou saldo negativo de 50 vagas.

“O avanço tem sido gradativo e deve se manter nos próximos meses”, avaliou a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho, Emprego e Renda de Anápolis, Tânia Aparecida Silva, em entrevista ao portal da Prefeitura de Anápolis.

“É bom que a indústria cresça, porque isso significa maior geração de empregos, resultando no aumento da renda da cidade e contribuindo para o desenvolvimento de outros setores como comércio, construção civil e serviços. Tudo isso colabora para a diminuição da vulnerabilidade social no município”, analisou a secretária.

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