“Combate ao crime no Terminal Urbano não é função da Urban”, diz diretor

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Diretor da empresa lembra que trabalho é da Polícia Militar

ANDRÉ RIBEIRO

A ampliação da vigilância patrimonial dentro do Terminal Urbano de Anápolis só será ampliada quando os lojistas permissionários começarem a pagar a taxa de manutenção estipulada a partir das mudanças no transporte coletivo de Anápolis, com a concessão adquirida pela Urban por licitação.

A segurança dentro do espaço, que recebe milhares de anapolinos diariamente, tem sido frequentemente discutida na Câmara Municipal. A Frente Parlamentar de Segurança Pública tem se movimentado para cobrar medidas que acabem com roubos, furtos, tráfico de drogas e brigas dentro do Terminal Urbano, que na região central, ao lado da Praça Americano do Brasil.

O diretor de Operações da Urban, Humberto El Zayek, disse ao JE que não se pode confundir vigilância patrimonial com o trabalho que é de responsabilidade da Polícia Militar. “A única instituição autorizada para combater crimes é a Polícia Militar. Não se pode colocar a segurança particular para fazer isso”, explicou.

De acordo com Humberto El Zayek, o comando da PM tem mandado viaturas constantemente para o terminal e têm sido feito muitas apreensões, porém ele acredita que o aumento da criminalidade é por conta da crise financeira que o país enfrenta e também por causa do manuseio de dinheiro dos passageiros do transporte público.

“Uma coisa que tornaria mais seguro é a migração para o cartão de embarque, pois o sistema precisa trabalhar com cartões, porque quando se manuseia dinheiro, por muitas vezes a pessoa é seguida por marginais que ficam de olho para cometer o crime na hora da invulnerabilidade, então o cartão evita isso”, afirmou Humberto.

Ainda segundo o diretor de Operações da Urban, os principais delitos que acontecem no Terminal Urbano são tráfico de drogas, brigas de torcida e roubo de celulares. Os mesmos crimes são registrados dentro dos ônibus.

Relembre
Os vereadores da Frente Parlamentar de Segurança Pública da Câmara Municipal de Anápolis estiveram com o promotor de Justiça Paulo Henrique Martorini para falar da falta de segurança no Terminal Urbano de Anápolis.

O promotor Martorini explicou para os vereadores que existem procedimentos instaurados com relação ao transporte coletivo municipal. Sobre a proposta do vereador Pastor Elias Ferreira (PSDB), que prevê um convênio entre a prefeitura e a Polícia Militar, o promotor acredita ser a solução adequada. “Por questões contratuais, existe limitação para Urban realizar a segurança do local. Mas por se tratar de um imóvel público com grande fluxo de transeuntes, a vigilância deveria ficar por conta da PM”, relatou.

O promotor acredita que a solução ideal para a segurança no local é com a operação da Polícia Militar. “Vou provocar a Urban para que adote medidas de segurança e para que os parlamentares apreciem o projeto do Pastor Elias, e que a Polícia Militar continue atuando na área”.

De acordo o vereador Pastor Ferreira Elias, o comandante do 3º CRPM, coronel João Batista de Freitas Lemes, colocou à disposição do Terminal Urbano quatro policiais e uma viatura, no período das 5h a meia-noite, no valor de R$ 36.480, relativos ao Banco de Horas da PM.

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