Casos de dengue caem 83% com ação conjunta proposta pela prefeitura

Dengue

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Mobilização da sociedade gera redução significativa da doença em 18 meses

ANA CLARA ITAGIBA

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Em 2017, foi constatada uma redução de 81% dos casos confirmados de dengue em Anápolis, em comparação ao ano anterior. Mas, até junho de 2018, houve uma queda de 10% em cima dos índices apresentados no ano passado, o que representou a diminuição de 83% nas ocorrências da doença em 18 meses. A cidade conseguiu alcançar essas estatísticas por meio de parceiras entre o Executivo e a sociedade organizada, que juntos, desenvolveram ações de combate dentro da campanha “Anápolis contra a dengue”.

Ao longo deste período, cerca de cinco milhões de visitas a domicílio foram feitas, sendo que, mais de seis mil focos do mosquito foram eliminados. Para isso se tornar possível, colaboraram com a iniciativa a Ala 2 (Base Aérea), Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, fiscais de obras, Postura, Vigilância Sanitária, além dos 716 agentes de combate da Saúde e de Endemias.

“Conseguimos colocar a sociedade ao nosso lado. Todos juntos com o mesmo objetivo, de eliminar o foco de dengue e orientar a população”, disse o coordenador da operação Goiás contra o Aedes, tenente-coronel Antônio Carlos Moura.

Para agradecer a todos os envolvidos, a Prefeitura realizou um evento nesta terça-feira, 26, no Teatro Municipal. Além de homenagear quem tem sido fundamental nessa batalha, a intenção foi chamar a atenção para a necessidade de erradicação do mosquito e os malefícios causados pela dengue, pela febre chikungunya e pela zika. “É preciso manter a chama acesa. Anápolis precisa da união de todos, por isso manteremos essa campanha na rua, para então continuarmos, cada vez mais, reduzindo os índices e protegendo a nossa população”, comunicou o prefeito Roberto Naves durante o evento.

A coordenadora técnica de Controle de Vetores, Érica Reis, está a frente deste trabalho há anos. “Todos são muito merecedores dessa homenagem sim. Vale ainda lembrar que a nossa guerra só está começando. Nós não podemos, jamais abaixar a guarda frente a esse vetor”, disse.

O secretário municipal de Saúde, Lucas Leite Amorim, agradeceu a todos pelo sucesso da campanha. “Não há como combater a dengue se não prevenir. A ação dos agentes comunitários de Saúde e de endemias é fundamental nesse processo. Temos trabalhado para dar condições para que esses profissionais atuem cada vez melhor. Hoje somos referência no Brasil, pela redução que conseguimos alcançar e isso não é fácil de realizar”, destacou.

O tenente-coronel Antônio Carlos também reforçou a importância de cada parceiro nesta causa. “São pessoas que tem enfrentado essa luta de peito aberto. Isso é muito importante porque o prelo de uma vida não é calculado. Com essa ação muitas vidas são salvas”, completou.

Enfretamento
Um dos maiores obstáculos enfrentados no combate à dengue ainda é a falta de conscientização da população. Além do cuidado de não deixar água parada, que se tornam criadouros do mosquito, as pessoas devem cooperar com os agentes durante as visitas. “Muitas pessoas não aceitam que entremos em suas casas. Não fazemos abordagem sem identificação, por isso pedimos a compreensão da população nessa luta”, disse a agente de combate às endemias, Neuza Oliveira.

Combate
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Para isso, é importante não deixar água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d’água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.

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