Úteis e obrigatórios, hidrantes são alvos comuns de vândalos
Anápolis tem 69 equipamentos do tipo, mas Corpo de Bombeiros informa que número muda todo ano devido à destruição de alguns
ANA CLARA ITAGIBA
Um levantamento realizado pelo 3º Batalhão de Bombeiros Militar (3º BBM) em novembro de 2017, apontou que Anápolis possui 69 hidrantes. O estudo é feito na mesma época todos os anos, por meio de georrefenciamento, mas mesmo antes da atualização de 2018, o chefe da Sessão de Defesa Civil da corporação, tenente Higor Mendonça, afirmou que esse número pode ter mudado consideravelmente, já que desde então novas unidades foram instaladas, mas muitas outras deixaram de funcionar por conta da ação de vândalos.
Ele explicou que a população tem acesso à válvula – tampa localizada próximo ao hidrante, utilizada para abrir o dispositivo –, que por vezes é entupida por lixo ou pelo próprio morador da região que faz um calçamento em cima. “Assim não conseguimos abri-lo para acionar a saída da água para então abastecermos as nossas viaturas”, explicou o tenente ao contar que sempre é necessário repassar o estudo para a Saneago fazer a manutenção, reparo ou substituição, nos casos mais graves.
Outro ponto que também dificulta o trabalho das equipes do Corpo de Bombeiros é o acesso aos hidrantes. Muitas vezes eles estão posicionados próximos a guias, no meio fio, mas há carros estacionados na frente quando há a necessidade de utilizá-los. Para que isso não ocorra, é necessário que o condutor respeite a sinalização imposta pela Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT).
A principal função do hidrante é fornecer água para abastecimento de viaturas e alimentar as mangueiras para o combate a incêndios que estejam próximos. “Esse dispositivo é para ser utilizado exclusivamente pelo Corpo de Bombeiros e não deve ser utilizado pela população, pois não é reservatório de água”, alertou Mendonça que orienta que nos casos de interrupção no abastecimento de água, a ferramenta não deve ser utilizada.
Exigência
Obrigatoriamente, os hidrantes urbanos devem ser construídos a 300 metros de qualquer edificação com mais de 1.500 m². O construtor deve apresentar um projeto para que o Corpo de Bombeiros avalie a necessidade da sua instalação.
No projeto deve estar bem especificado a localidade do hidrante. A instalação é de responsabilidade do empreendedor em questão. Ele repassa os materiais para a concessionária, no caso a Saneago, que o instala de acordo com viabilidade técnica do local. “Por exemplo, se naquele ponto não passa uma rede hídrica para alimentar o hidrante, é solicitado que seja apresentado um documento de inviabilidade técnica para a instalação do dispositivo no local”, explicou.
Posteriormente, o Corpo de Bombeiros exige a apresentação do documento que comprova que o hidrante será instalado ou inviabilidade técnica apresentada pela Saneago.