Documentário sobre os “anos de chumbo” é exibido em Escola Municipal

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Fonte: Prefeitura Municipal de Anápolis

O curta metragem foi produzido por uma jornalista anapolina; o fomento veio do Fundo Municipal de Cultura

A memória histórica vai além dos fatos, é um exercício de lidar com o vivido e, principalmente, humanizar com o que sentimento daqueles que viveram as experiências marcantes do passado. O documentário “Eu preciso saber” foi exibido aos alunos da Escola Municipal Anapolino de Faria, no Bairro Calixtópolis. A realização é da jornalista Luana Cavalcante a partir de projeto contemplado do Fundo Municipal de Cultura (FMC), da Prefeitura de Anápolis, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, e apoio do Conselho Municipal de Cultura.

Os adolescentes que prestigiaram a exibição do filme ficaram com os olhos atentos para tela, às imagens retrataram um período de turbulência na política brasileira. O curta metragem de pouco mais de 16 minutos, fez um recorte das circunstâncias políticas vividas em Anápolis durante o Regime Militar (1964-1984). Na montagem do filme estão imagens do Arquivo Histórico Nacional e as entrevistas de personalidades que tiveram suas vidas impactadas pelo período histórico, como os ex-prefeitos Adhemar Santillo e José Batista Júnior, como também o médico Mozart Soares e o escritor Tauny Mendes.

O filme apresentou histórias de mobilizações e lutas pela democracia a repressão, ações como cassação de mandatos, prisões e pessoas desaparecidas. Nas últimas eleições, em 2018, o assunto esteve presente nos debates políticos como também na imprensa. “Não imaginávamos que ao iniciar o projeto, em 2017, que o filme teria uma relevância neste momento atual em que discutimos a memória dos 21 anos de regime militar”, pontua a diretora do filme, Luana Cavalcante.

Uma das sequências marcantes no filme foi o show do músico Geraldo Vandré em Anápolis, no mesmo dia em que foi decretado o Ato Institucional nº5 (AI-5), em 13 de dezembro de 1968. Os riscos da ação dos órgãos de repressão da época foram memoráveis para os entrevistados, pelo fato do trabalho do músico que conflitava com a censura daquele período.

Expectativas
“Este filme nos trouxe mais coisas sobre nossa própria história, esperamos que venham mais sessões como essa”, conta a estudante Roseni Silva, de 11 anos. Os adolescentes aprenderam ainda sobre o contexto histórico com a diretora do projeto e dos professores presentes. Mais de 70 alunos estiveram na sessão e outras exibições poderão ser realizadas na Escola.

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