Anápolis vai receber prêmio nacional em gestão ambiental
Depois dos Estados Unidos, há poucos dias, Anápolis volta a ser reconhecida e é a única cidade do Centro-Oeste a receber prêmio nacional, em São Paulo
Fonte: Prefeitura Municipal de Anápolis
De Washington (EUA) para Campinas (SP). A distância é grande e o grau de importância, idem. Mas pouco tempo depois de Anápolis ser a única cidade do País a ser convidada pelo Banco Mundial a participar de um dos congressos mais relevantes sobre biodiversidade e sustentabilidade do mundo – o Global Platform for SustainableCities – também é uma das premiadas em gestão ambiental pela Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA).
Por fazer além do dever de casa na área ambiental, Anápolis é a única cidade do Centro-Oeste contemplada com o Prêmio Destaque em Gestão Ambiental Municipal. O prefeito Roberto Naves vai até Campinas receber a homenagem, entre os dias 26 e 28 de junho. Mais de cinco mil secretários municipais de meio ambiente de todas as regiões do País participam do evento, o segundo maior do setor desde a Rio 92 – conferência de chefes de Estado realizada pelas Nações Unidas sobre Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Segundo o diretor de Meio Ambiente da Secretaria de Meio Ambiente, Habitação, Planejamento Urbano, Antônio El Zayek, essa é a comprovação de que o trabalho está no caminho certo. “Há pouco tempo representamos o País nos Estados Unidos e agora fomos reconhecidos nacionalmente. Isso é um golaço”, comemora.
Ele explica que os profissionais da Secretaria de Meio Ambiente estão fazendo a reconstituição ambiental na cidade, trazendo soluções baseadas na própria natureza. Já foram plantadas 250 mil árvores nativas que, por estarem tão sincronizadas com o período hídrico, dormem na seca e bombeiam água na chuva. Com isso, foram recuperadas 123 nascentes e 98 bacias. “Tudo isso em parceria com a sociedade civil organizada”, dizZayek.
Washington
Durante o congresso estadunidense, Antônio El Zayek explica que teve a oportunidade de, em 20 minutos, apresentar o projeto que vem sendo desenvolvido pela Prefeitura de Anápolis: o Pró-Água. Ele revelou os números: recuperação de 123 nascentes e 98 bacias, além da criação da Área de Proteção Ambiental (APA) do Ribeirão Piancó e o plano de drenagem e reflorestamento com espécies nativas. Tudo isso feito em pouco mais de dois anos. “Fui sabatinado por dois dos profissionais responsáveis pela transformação de Cingapura, exemplo mundial nessa área”, diz.
Para sua surpresa, eles conheciam, e bem, o Cerrado. “Eles sabem que esse bioma tem mais biodiversidade que a Savana, mas que também é mais frágil”, acrescenta o diretor de Meio Ambiente de Anápolis. No dia seguinte, diz, permaneceu com quatro consultores em uma sala.
Zayek diz que o projeto contempla todas as metas do Banco Mundial e os investidores se mostraram bastante interessados em Anápolis. Segundo ele, ainda é preciso fazer uma espécie de levantamento sobre todos os dados de Anápolis como erosões e nascentes. “Já estamos trabalhando nisso. Podemos ser cidade modelo para o País”, finaliza.