Professores: reajuste é 12,64%
Com transparência, prefeitura concede aumento à classe
Fonte: Prefeitura de Anápolis
Na esteira de um quadro econômico desfavorável, com recorrentes reavaliações da economia nacional e mundial para baixo, a Prefeitura Municipal de Anápolis concedeu, aos professores da Rede Municipal de Ensino, um reajuste de 12,64%. Isso foi possível graças à uma boa saúde financeira da prefeitura e após diversas simulações a fim de que o incremento não ultrapasse o limite prudencial – que é de 54% com gasto de pessoal – e não emperrasse a máquina pública.
A transparência foi o norte das reuniões que buscaram chegar a melhor valorização dos profissionais de educação. Uma planilha do sistema da prefeitura foi projetado na sala de reuniões e os índices inseridos de tal forma que a cada tentativa, o resultado aparecia de imediato. “Todos esses dados já são a projeção de 2020”, explica Roberto Naves.
Lembrando que, dos 2.288 professores da rede, somente 13 recebem o piso salarial da categoria – R$ 2.886,24. O investimento médio em cada um, gira na casa de R$ 8 mil e somente nessa área, a prefeitura aplica 29,63% de tudo aquilo que arrecada.
Benefícios
O prefeito Roberto Naves lembra ainda que nenhum benefício foi retirado dos professores; como regência ( de 10% a 20% para os que atuam dentro de sala de aula); gratificações (funções específicas como diretoria, coordenação); progressões verticais (para quem concluiu cursos de graduação, pós-graduação por exemplo) ; progressões horizontais (120 horas de cursos mais uma avaliação feito pelo superior do postulante); difícil acesso (10% para quem atua longe da residência); titularidade (comprovação de prova de títulos que a valorização vai de 5% a 30%, para tanto é preciso apresentar documentos que somam 1800 horas); licença-prêmio para docentes (após trabalhar dez anos, o professor goza seis meses de descanso remunerado)
Fundeb
Ao contrário do que muitos acreditam, o repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) não é o proporcional ao índice do piso salarial da classe. Nota técnica da CMN aponta que o percentual enviado pelo Governo Federal para os municípios foi de 4,74%, muito inferior à elevação do piso salarial,12,84%. “O resto quem paga são os cofres públicos, com dinheiro do contribuinte. Precisamos valorizar sim o servidor e ele vem sendo valorizado. Goiânia, por exemplo, não deu”, diz.