Covid-19: governo reforça recomendações para feiras livres e sacolões

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São Paulo - 1º Festival Cultural de Economia Solidária de São Paulo e 4ª Feira da Agricultura Familiar integram a primeira edição do Ecosol Fest, no Vale do Anhangabaú, região central.(Rovena Rosa/Agência Brasil)

Produtores e agricultores devem redobrar cuidados de higiene

Por Agência Brasil – Brasília

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento enfatizou a importância de produtores e agricultores familiares cujas mercadorias são vendidas em feiras livres, sacolões e lojas varejistas redobrarem os cuidados de higiene a fim de evitar a contaminação pelo novo coronavírus (covid-19).

Em parceria com o Ministério da Saúde e com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a pasta elencou 19 recomendações para a manipulação dos alimentos. São medidas que contemplam desde os cuidados com a higiene pessoal por parte dos trabalhadores à limpeza dos ambientes, superfícies e veículos de transporte, passando pela estrutura das feiras e orientações que os vendedores podem repassar aos seus clientes.

Previstas em leis e normas, as recomendações contribuem para a segurança e a manutenção dos serviços de abastecimento à população.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, os produtores e agricultores familiares devem:

– limpar e higienizar regularmente todos os veículos de transportes, bem como as superfícies dos locais de acondicionamento de produtos, equipamentos e utensílios;

– manter pelo menos um metro de distância entre as bancas; entre os funcionários e entre os empregados e clientes. Para isso, poderão ser usadas faixas ou fitas para demarcar os limites e ampliar a divisão dos turnos de trabalho a fim de evitar aglomeração de pessoas;

– disponibilizar pias com água corrente e sabonete, além de álcool 70% para uso de feirantes e consumidores;

– as bancas e barracas devem ser instaladas em locais amplos, preferencialmente ao ar livre. O lixo deve ser frequentemente coletado e estocado em local isolado da área de preparação e armazenamento dos alimentos;

– caso opte por usar máscaras, o comerciante deve substituí-las e higienizá-las sempre que elas estiverem úmidas ou sujas. No caso das luvas, estas devem ser utilizadas apenas para a manipulação do alimento;

– separar o local de pagamento de maneira a manter o distanciamento entre quem estiver cobrando e quem estiver pagando dos demais clientes e feirantes e encarregar uma ou mais pessoas de receber o dinheiro dos consumidores;

– proibir qualquer tipo de degustação ou consumo de produtos no local;

– manter as unhas curtas, bem aparadas, sem esmaltes, e não usar adornos que possam acumular sujeiras e micro-organismos, como anéis, aliança e relógio;

– não conversar, espirrar, tossir, cantar ou assoviar em cima dos alimentos, superfícies ou utensílios. A recomendação vale tanto para o momento do preparo dos alimentos/mercadorias quanto para o de servir;

– quem prepara os alimentos deve lavar as mãos com frequência e, principalmente, depois de: tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz; coçar os olhos ou tocar na boca; preparar alimentos crus, como carne, vegetais e frutas; manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos; ir ao sanitário; retornar dos intervalos;

– pessoas com mais de 60 anos ou que possuam doenças crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, insuficiência renal crônica ou doença respiratória crônica devem se afastar das atividades, bem como os comerciantes que, mesmo não fazendo parte do grupo de risco, têm contato direto com pessoas do chamado grupo do risco;

– trabalhadores com sintomas como tosse, febre, coriza, dor de garganta e falta de ar, independentemente de pertencerem a algum grupo de risco, devem se afastar da atividade e permanecer em casa, isolados, por 14 dias, e procurar o serviço de saúde caso o quadro se agrave.

Além dessas medidas, o ministério também recomenda aos feirantes que procurem organizar o fluxo de pessoas, evitando aglomerações. E lembra que não há, segundo as principais autoridades de saúde, até o momento, evidências de que o novo coronavírus possa ser transmitido por meio de alimentos, embora pesquisas apontem que o vírus pode persistir por horas ou até dias em algumas superfícies, dependendo da temperatura e da umidade do ambiente.

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