Governo trabalha em plano para retomada de partidas de futebol

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O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, fala sobre pareria de investimento do Prosperity Fund – fundo de cooperação do Governo Britânico

Segundo o secretário, novos jogos ocorreriam com portas fechadas

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Foto: Fernando Frazão

O governo prepara um plano de retomada da atividade econômica, disse há pouco o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Um dos setores que deve voltar em breve será o do futebol, com a realização das partidas a portões fechados.

Segundo Costa, ainda não há uma data prevista para a retomada dos jogos. Ele disse que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está em contato com o governo e com as equipes para decidir o momento certo para o reinício das partidas. Ele, no entanto, disse que os torneios voltarão de forma controlada, respeitando os protocolos de saúde.

“O futebol é um setor importante que precisa de apoio, mas a retomada será feita de forma controlada. Os jogos deverão voltar a portas fechadas, sem público, e seguindo protocolos. Queremos respeitar a vida das pessoas em primeiro lugar.”

Programas novos

O secretário informou que o governo deverá anunciar, nos próximos dias, dois novos programas de apoio a empresas afetadas pela pandemia de coronavírus. O primeiro será um programa de ajuda desenhado por um consórcio de bancos – públicos e privados – para grandes empresas dos cinco setores mais atingidos pela crise provocada pela covid-19.

Costa disse que o programa beneficiará empresas que faturam acima de R$ 300 milhões por ano e atuam nos seguintes setores: aviação, automotivo, varejo não alimentício e não farmacêutico, sucroalcooleiro e energia elétrica. No caso da energia, ele explicou que a ajuda será destinada a distribuidoras afetadas pelo aumento da inadimplência e pela redução do consumo, que não têm sequer os recursos que precisam repassar a transmissoras e geradoras.

O segundo programa a ser anunciado nos próximos dias pretende beneficiar médias empresas, que faturam a partir de R$ 4,8 milhões por ano. Um novo fundo garantidor de investimentos financiará o capital de giro dessas companhias. Segundo Costa, a grande vantagem do programa será a alavancagem. “Cada real [investido no fundo] poderá ser multiplicado, por cinco, seis, sete vezes. O desenho está ficando pronto”, disse.

Empregos

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, disse que os programas de redução de jornada (com redução proporcional de salários) e de suspensão de contratos de trabalho resultaram, até agora, na preservação de 4 milhões de empregos em todo o país.

Blanco anunciou que amanhã (28) o governo divulgará o número de pedidos de seguro-desemprego no ano. Os números serão apresentados enquanto as estatísticas oficiais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) estiverem suspensas.

Bianco lembrou que o governo começa, na próxima semana, a pagar o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEM), que corresponde ao percentual da redução de salário do seguro-desemprego a que o empregado com a jornada reduzida teria direito caso fosse demitido. O benefício vale R$ 600 para trabalhadores intermitentes.

No caso de suspensão de contratos, o benefício equivale a 100% do seguro-desemprego para empregados de micro e pequenas empresas (que faturam até R$ 4,8 milhões por ano) e a 70% do seguro-desemprego para empregados de médias e grandes empresas (que faturam mais de R$ 4,8 milhões).

Na avaliação de Bianco, o Brasil está sendo bem-sucedido em preservar empregos durante a pandemia de coronavírus. “O nosso objetivo claro é a preservação e a manutenção de empregos. Precisamos preservar os empregos informais e formais. Diferentemente do mundo todo, nós estamos tendo êxito na manutenção de emprego”, afirmou.

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