UFG cria rede de laboratórios para diagnosticar a Covid-19

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Caso obtenha os insumos necessários, rede conseguirá realizar 7 mil testes por mês

Laboratórios de análises clínicas e de pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) se organizaram em rede para ampliar o diagnóstico da Covid-19 em Goiânia. A iniciativa do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e Faculdade de Farmácia (FF) conta com a participação da Escola de Agronomia (EA) e da Escola de Veterinária e Zootecnia (EVZ). A equipe de pesquisadores e voluntários tem como meta a realização de 7 mil diagnósticos por mês.

Para levar o projeto adiante, a Instituição se colocou formalmente à disposição do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), Secretaria da Saúde de Goiás (SES), Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg).

A rede de laboratórios da UFG já está pronta para entrar em operação e a expectativa é começar dentro de até 15 dias, desde que haja o repasse dos insumos necessários (reagentes, material químico, kit para diagnóstico e kit para coleta de material) para fazer o diagnóstico.

A Secretaria de Saúde de Goiânia (SMS) firmou uma parceria com a UFG para a realização desses exames e está organizando a aquisição dos insumos. De acordo com orientações da Superintendência de Vigilância em Saúde da SMS de Goiânia, as amostras serão coletadas em determinados grupos sociais/profissionais, como da saúde, da segurança pública, e outras áreas de caráter essencial, durante a pandemia. Há ainda os grupos de confirmação (pacientes em estado grave), grupos de risco e outros.

“Em um primeiro momento, a ideia da SMS Goiânia é que a rede de laboratórios da UFG priorize exames específicos com profissionais da saúde. Para que eles consigam se manter na linha de frente do combate à Covid-19 com mais segurança”, observa o diretor do IPTSP, José Clecildo Barreto Bezerra.

“Os grupos essenciais ou específicos são definidos de acordo com as indicações de identificação do fluxo da infecção entre a população, alinhado às orientações clínico-epidemiológicas de autoridades e órgãos de saúde municipal, estadual, nacional e internacional”, acrescenta o diretor do IPTSP.

Prioridade

O diretor do ICB, Gustavo Rodrigues Pedrino, destaca que “a prioridade da UFG é ajudar a rede pública a diagnosticar os casos do novo coronavírus, diminuindo a subnotificação e realizando a identidade precoce”. Ele observa que a UFG possui infraestrutura e capacidade técnica para assumir esse desafio, seguindo os protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O professor ainda destaca que “buscando atender a sociedade neste difícil momento, diversos docentes, servidores e discentes se disponibilizaram voluntariamente para integrar a equipe que realizará o diagnóstico da Covid-19”.

O material biológico vai ser coletado em hospitais e Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais) e enviados aos locais de análise da UFG, que são o Laboratório Rômulo Rocha (LRR/FF), Laboratório Margarida Dobler Komma (LMDK/IPTSP), e o Laboratório de Análises Clínicas e Ensino em Saúde (Laces/ICB). Os Laboratórios de análises clínicas e suas especialidades atendem mais de 200 pacientes por dia.

Diferentemente dos testes rápidos, que verificam a presença de anticorpos no organismo do paciente, e que já foram liberados para a venda em farmácias, a UFG vai fazer o teste molecular, que verifica se há a presença do novo coronavírus na amostra examinada.

“Nesse tipo de exame é feito o estudo molecular do vírus, a partir de uma metodologia chamada PCR. Esses diagnósticos não são tão comuns na rede pública de saúde e a UFG tem uma estrutura de equipamentos e pessoal qualificado que permite que possamos atuar nessa luta nacional para desenvolver os exames de diagnóstico. É sabido que os testes são de grande importância para subsidiar decisões médicas e também políticas de distanciamento social, como abrir ou fechar comércio”, ressalta Clecildo.

Força tarefa

A diretora da Faculdade de Farmácia, Telma Alves Garcia, conta que em decorrência da pandemia o Laboratório Rômulo Rocha (LRR) teve suas atividades reduzidas de forma significativa em função da suspensão dos exames eletivos encaminhados via Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a qual o laboratório é conveniado, mas retoma agora as atividades com foco no diagnóstico da Covid-19.

“Para isso foi montada uma força tarefa com a participação de docentes especialistas na área, de servidores técnicos do LRR, estudantes de pós-graduação e estudantes de graduação. Toda essa equipe está se preparando para o início das atividades de diagnóstico da doença e irá contribuir de forma efetiva na ação de combate à pandemia, juntamente com as demais unidades da UFG envolvidas nesta ação”, observa.

Serviço:
Assunto:  UFG cria rede de laboratórios para diagnosticar a Covid-19
Local:  Laboratório Margarida Dobler Komma (LMDK/IPTSP) – R. 235, s/n.º – Setor Leste Universitário – Localização Google
Contato: Secretaria de Comunicação (Secom/UFG) – saladeimprensa.secom@ufg.br

 

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