Goiás deve colher 26,7 milhões de toneladas de grãos
Milho e soja batem recorde de produção e o arroz e feijão também registram crescimento
Goiás segue a curva de crescimento da produção de grãos, superando os níveis nacionais, inclusive. E além da expectativa de recorde na produção de grãos, sobretudo de soja e milho, o Estado tem diversificado sua pauta de produção, registrando crescimento na produção de outras culturas, como arroz, feijão e sorgo. Os dados estão no 9º Levantamento da Safra 2019/2020 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta terça-feira, 9 de junho.
Enquanto o Brasil confirma o crescimento recorde da produção de grãos, com produção estimada em 250,5 milhões de toneladas e aumento de 3,5% em relação à safra 2018/2019, Goiás deve colher 26,7 milhões de toneladas, com aumento de 8,7% em relação à safra anterior. O Estado tem ainda percentual de crescimento superior à da região Centro-Oeste, que está estimada em 8,6%, e 120,8 milhões de toneladas colhidas.
A produção de soja no Estado deve ser de 12,4 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 9% em relação à safra passada, e que confirma o Estado como terceiro maior produtor nacional. Ainda em relação ao grão, a produtividade cresceu 6,9% e registrou 3.516 quilos por hectare. Já o milho, cuja produção está estimada em 12,2 milhões de toneladas, também segue com crescimento em relação à safra 2018/2019, com 6,8%, também alçando o Estado a terceiro maior produtor nacional.
O arroz também teve crescimento na produção, com aumento de 6,9% e estimativa de 120,4 mil toneladas. A produtividade do grão cresceu 7,9% e gira em torno de 5.329 quilos por hectare, segundo os dados da Conab. Já o feijão, cuja produção está prevista em 320,7 mil toneladas, registra crescimento de 5,4% na produção e 2,9% na produtividade, que foi de 2.385 quilos por hectare. O sorgo, do qual o Estado é o maior produtor nacional, teve acréscimo na produção de 35,1%, com estimativa de 1,33 milhão de toneladas colhidas.
De acordo com a Conab, com a colheita finalizada praticamente em todas as culturas de primeira safra, e as de segunda em andamento, o que falta agora é a conclusão do plantio das culturas de inverno e os números resultantes da terceira safra. Além disso, será necessário observar o comportamento climático, que pode influenciar na produtividade destas culturas.
Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, o crescimento da produção de outras culturas, não somente da soja e do milho que já são tradicionalmente muito fortes no Estado, revelam uma diversificação cada vez maior do setor agropecuário estadual.
“Vemos, por exemplo, crescimento na produção de arroz, que tem se tornado forte em municípios como Flores de Goiás e São Miguel do Araguaia, ao mesmo tempo em que essas regiões têm sido alvo de investimentos por parte do Governo de Goiás na agricultura irrigada. Isso nos mostra que há espaço para diversificação e para oportunizarmos o crescimento das diferentes regiões do Estado. Os resultados disso colocam não somente o Estado entre os maiores produtores nacionais, como também favorece as exportações, o equilíbrio da balança comercial, além de gerar emprego e renda nessas localidades”, destaca.
Fruticultura
Também divulgado nesta terça-feira, 9 de junho, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao mês de maio, confirma mais uma pauta de diversificação no Estado e destaca o crescimento do setor de fruticultura em Goiás, sobretudo na produção de laranja e uva.
A produção de laranja teve incremento de 2,6% em relação ao ano anterior, com produção estimada de 143,6 mil toneladas. Já a uva, que teve incremento na área plantada de 11,9% em relação a 2019, registra produção de 1,9 mil toneladas – um incremento de 16,2%. A produção de café arábica no Estado também registrou crescimento e deve ser de 20,1 mil toneladas (aumento de 2,9%).
Comunicação Setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com informações da Conab e do IBGE.