Secretaria Municipal de Saúde condena diabética a várias internações em UTI
Publicado: 10.08.2020
Por Tiago Oliveira
Uma crise global causada por uma doença pegou os governos e as populações do mundo de calças curtas. É claro que uma nova doença com alto grau de contágio, nos deixa a todos preocupados e em alerta.
Mas nada justifica o terror causado no psicológico das pessoas, criado pelos agentes do “quanto pior melhor”, agindo como se o coronavírus fosse a única doença existente no mundo, e tratando todos os acometidos pelo COVID-19 como leprosos na idade média.
Da forma como as coisas andam, daqui a 50 anos, estarão nos livros de história que em 2020 o coronavírus foi a única causa de morte na humanidade, ou que – espero eu –, seja narrada de maneira verossímil, e digam governantes bateram cabeça, usaram uma pandemia para desviarem recursos e que esqueceram da população acometida por outras doenças, que não a covid-19, como a diabetes…
Atualmente, a doença atinge cerca de 13 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o que representa 6,9% da população nacional.
Ainda segundo o site https://ourworldindata.org/, um site pesquisa e dados sobre doenças em todo o mundo, no Brasil, a mortalidade da doença chega a 16,6% das pessoas que possuem a doença – porcentagem maior que a da COVID – com idade entre 30 e 70 anos.
O caso da jovem Y.M., com 15 anos, diabética tipo 1 desde os 12 anos. Para poder manter-se bem, necessita de usar diariamente várias doses de insulinas especiais, chamadas de insulina análogas, várias vezes ao dia, é típico da amnésia covídica.
A secretaria municipal de saúde fornece insulina análoga de ação prolongada, fundamental para o tratamento de pacientes diabéticos tipo 1, seguindo um protocolo específico estabelecido pelos profissionais da secretaria, entretanto Y.M. foi excluída do programa sem mesmo ter sido avaliada por médico especialista da SEMUSA, sob a alegação de não cumprir os requisitos do protocolo pois estava sempre com o controle do diabetes ruim. Desde então, Y.M. foi internada 5X em UTIs públicas, internações prolongadas e dispendiosas, em situação de risco de morte para a adolescente de apenas 15 anos.
De acordo com o especialista em endocrinologia, Dr. Jorge Cecílio Daher Júnior, “Y.M. apresenta uma forma pouco usual de diabetes tipo 1, chamada de diabetes instável, que, associada ao período de puberdade, torna muito difícil a obtenção do controle da doença”. Para casos como de Y.M., segundo o especialista, o análogo de insulina dispensado pela SEMUSA é fundamental para evitar internações em UTIs e unidades de Pronto Atendimento.
Quem cortou Y.M. do programa apenas pelos exames apresentados e não pela avaliação médica completa, não se atentou que o objetivo de um protocolo de diretrizes terapêuticas é justamente reduzir o impacto da doença sobre o sistema de saúde e no caso dessa paciente, houve justamente o oposto, suas internações geram não apenas despesas elevadas para o sistema de saúde, mas também risco de vida para a paciente.
A jovem mora com os pais, que, em decorrência dos altos custos com o tratamento, apelam para a sensibilidade dos auditores da SEMUSA para que não excluam de um programa vital qualquer paciente, pois tal medida poderá provocar danos irreparáveis.
Junto com a pandemia do coronavírus, ficou escancarada a pandemia da incompetência na administração da coisa pública, que assola o Brasil há décadas.
Por que voces não colocam data nos jornais virtuais, a gente nunca sabe a real data dos fatos noticiados, quando a data seria de suma importancia para completo entendimento da noticia.
Obrigado pela sugestão José, vamos providenciar.