Artigo: A logística e a gestão da logística no combate à COVID!

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“Se vocês construíram uma infraestrutura, com leitos de UTI, oxigênio, não desativem, a pandemia não acabou ainda”

Publicado: 20.01.2021

Acompanhei, bem de perto, várias notícias no janeiro do ano da vacinação. Afinal, é o tema do momento. E os últimos registros trataram da logística da vacinação da COVID-19 para o esperado Dia D e hora H (nas palavras do ministro Pazuello).

Outrossim, antes da vacinação, o recente agravamento da COVID em Manaus, com a transferência de pacientes e a mobilização em torno de ajuda para aquela região, envolvendo diversos setores de nossa sociedade e do exterior (bem como a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) na logística de transporte), é um bom exemplo de solidariedade e logística(1), trazendo também ensinamentos no alerta da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Se vocês construíram uma infraestrutura, com leitos de UTI, oxigênio, não desativem, a pandemia não acabou ainda”, orienta a diretora-geral assistente da OMS, Mariângela Simão, conforme matéria publicada no Estadão(2). É a lição aprendida! Não se pode descuidar da logística hospitalar; pois, como registra matéria da Folha de SP(1), o Estado do Amazonas “desativou, entre julho e outubro, 85% dos leitos de UTI para Covid-19.”.

Sua cidade já desativou algum leito de UTI para Covid-19?

Questione seus gestores, se informe!

Pois podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

E temos o episódio do voo que não ocorreu, também com registro do Jornal Folha de SP(1), onde “O governo da Índia negou a entrega imediata de um lote de imunizantes […].”. Seriam 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford. E diante do episódio, entra em cena a Coronavac do Instituto Butantan, em parceria com a chinesa Sinovac, conforme noticiou o Estadão(2).

E nesta corrida de logística para o início da vacinação, a “Diretoria Colegiada da Anvisa (Dicol) aprovou neste domingo (17/1), por unanimidade, a autorização temporária de uso emergencial da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e da vacina Covishield, produzida pela farmacêutica Serum Institute of India, em parceria com a AstraZeneca/Universidade de Oxford/Fiocruz.”(3). E ainda temos a russa Sputnik V que está na fila da autorização para uso emergencial(4).

Por oportuno, em minha opinião, deve-se registrar a boa atuação do Instituto Butantan, da Fiocruz e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); extremamente profissionais e especializados em SALVAR VIDAS.

E é por isso que podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

E na esteira das competências nacionais, notícias dão conta de que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC) “tem trabalhado com cientistas Brasileiros no desenvolvimento de vacinas nacionais em 15 protocolos diferentes. Alguns já estão bem avançados.”(5).

E o dia D e a hora H?

E o seu dia D e a sua hora H?

Bem, o Governo Federal iniciou nesta segunda-feira, 18, a distribuição da vacina contra a Covid-19 em todo o país(6). E o ministro Pazuello alerta que “A vacina não determina o fim das medidas preventivas. Temos que continuar usando máscara, tomando as medidas de prevenção e distanciamento social. Continuaremos vivendo dessa forma até termos a pandemia controlada.”

Para Goiás, inicialmente, serão atendidos 87.172 cidadãos dos “grupos prioritários da chamada fase 1: trabalhadores de saúde, pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas, pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena aldeada.”(6).

E a logística de transporte? Como noticiado no sítio do Ministério da Saúde(6), os aviões da FAB, partindo do Aeroporto de Guarulhos, iniciaram o transportando de “cerca de 44 toneladas de vacinas, inicialmente para o Distrito Federal e para as capitais de 10 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Piauí, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.”

E é por isso que podemos fazer mais, podemos prosperar mais!

Brigadeiro Bragança

Comandante da Base Aérea de Anápolis em 2008-2009

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